18/10/2012
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04h01
A diferença entre as duas edições é de 462.637 torcedores a menos nos estádios. Isso significa que em cada jogo deste Brasileiro há um desfalque de 1.500 pessoas em relação a 2011 --a média de público em 30 rodadas caiu de 14.191 para 12.649 pagantes.
As duas edições em questão são as primeiras --e integralmente-- sem os principais estádios do país, em obras para a Copa de 2014.
Maracanã e Mineirão começaram a ser reformados no segundo semestre de 2010, assim como o Parque Antarctica, fora do Mundial, mas que passa por radical modernização. A Fonte Nova, em Salvador, em obras para 2014, não foi usada pelo Bahia também no ano passado.
A perda de quase meio milhão de pagantes não significou um retrocesso na
arrecadação. Se no campeonato do ano passado o total arrecadado até a
30ª rodada chegou a R$ 85,5 milhões, na edição deste ano a soma é de R$
90,5 milhões.
A alta na arrecadação é explicada pelo reajuste no valor médio dos ingressos.
Em 2012, o torcedor brasileiro tem pago, em média, R$ 23,9 por um bilhete da Série A --aumento de 18,9% no preço da entrada que, no ano passado, custava R$ 20,1.
Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação no acumulado entre os 12 meses que separam o início do Brasileiro de 2011 e de 2012 foi de 4,99%.
O Nacional deste ano caminha para terminar com a pior média de público desde 2006, que teve 12 mil pagantes. Para alcançar o patamar de 2011, as 80 partidas restantes precisarão atrair 1,8 milhão de pagantes.
A CBF não parece se esforçar muito para alavancar o público. Os jogos de sábado à noite, tirados da tabela no Brasileiro do ano passado, continuam em vigor em 2012, apesar dos protestos de cartolas, jogadores e torcedores.
E, após 30 rodadas, o sábado às 21h ainda é a faixa de horário mais esvaziada, com média de público de 10,3 mil pagantes. Domingo, às 16h, é o horário preferido do torcedor, com média de 16,2 mil.
Somente dois clubes têm média de público que ultrapassa a casa dos 20 mil.
O Corinthians, que encara o Brasileiro como um intervalo entre a Libertadores e o Mundial, lidera com média de 25,2 mil pagantes. O Grêmio, que ainda sonha com o título, atrai 21,4 mil pagantes.
Brasileiro-2012 perde quase meio milhão de torcedores em um ano
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LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
O atual Campeonato Brasileiro perdeu quase meio milhão de torcedores em
relação à edição de 2011, aponta levantamento feito pela Folha com base nos borderôs disponibilizados pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em seu portal.
DE SÃO PAULO
- Sem Maracanã, Engenhão fica congestionado e cariocas somem
- Ganso atrai o melhor público do Brasileiro
- Confira o especial do Brasileiro-2012
A diferença entre as duas edições é de 462.637 torcedores a menos nos estádios. Isso significa que em cada jogo deste Brasileiro há um desfalque de 1.500 pessoas em relação a 2011 --a média de público em 30 rodadas caiu de 14.191 para 12.649 pagantes.
As duas edições em questão são as primeiras --e integralmente-- sem os principais estádios do país, em obras para a Copa de 2014.
Maracanã e Mineirão começaram a ser reformados no segundo semestre de 2010, assim como o Parque Antarctica, fora do Mundial, mas que passa por radical modernização. A Fonte Nova, em Salvador, em obras para 2014, não foi usada pelo Bahia também no ano passado.
AFP | ||
Obras no estádio do Maracanã para a Copa do Mundo-2014 |
A alta na arrecadação é explicada pelo reajuste no valor médio dos ingressos.
Em 2012, o torcedor brasileiro tem pago, em média, R$ 23,9 por um bilhete da Série A --aumento de 18,9% no preço da entrada que, no ano passado, custava R$ 20,1.
Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação no acumulado entre os 12 meses que separam o início do Brasileiro de 2011 e de 2012 foi de 4,99%.
O Nacional deste ano caminha para terminar com a pior média de público desde 2006, que teve 12 mil pagantes. Para alcançar o patamar de 2011, as 80 partidas restantes precisarão atrair 1,8 milhão de pagantes.
A CBF não parece se esforçar muito para alavancar o público. Os jogos de sábado à noite, tirados da tabela no Brasileiro do ano passado, continuam em vigor em 2012, apesar dos protestos de cartolas, jogadores e torcedores.
E, após 30 rodadas, o sábado às 21h ainda é a faixa de horário mais esvaziada, com média de público de 10,3 mil pagantes. Domingo, às 16h, é o horário preferido do torcedor, com média de 16,2 mil.
Somente dois clubes têm média de público que ultrapassa a casa dos 20 mil.
O Corinthians, que encara o Brasileiro como um intervalo entre a Libertadores e o Mundial, lidera com média de 25,2 mil pagantes. O Grêmio, que ainda sonha com o título, atrai 21,4 mil pagantes.
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