A unicidade de mestre e discípulo
O escritor chinês Ba Jin declarou: “Quando uma única gota d’água flui para o vasto oceano, ela se torna parte do seu insondável poder” (Brasil Seikyo, ed. 2.017, 1º jan. 2010).
Uma gota que se une ao oceano se converte no próprio oceano. Esse é o significado do conceito de unicidade.
Se uma gota e o oceano estão separados, ambos são “entidades” diferentes. Essa é a lógica da “relação de mestre e discípulo”, que é diferente da “unicidade de mestre e discípulo”.
Na “unicidade”, o discípulo se une à mesma condição de vida do seu mestre. Por isso, a atitude mais inteligente de um discípulo é a escolha de um mestre correto.
Quem poderia ser o melhor mestre?
A Lei Mística — o Nam-myoho-renge-kyo. Estabelecer uma relação de unicidade com a Lei é adquirir a mesma condição de vida da Lei Mística.
Isso é possível? Sim. Somente a filosofia da linhagem humanística do budismo, que se origina do Sutra do Lótus e chega à SGI (Soka Gakkai Internacional), torna isso possível. Na SGI, praticamos essa unicidade com a Lei.
A linhagem humanística é a linha do budismo que tem como base de seu ensinamento o princípio da iluminação de todas as pessoas — todos os seres humanos, “sem exceção”, são budas da forma como se apresentam.
O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, comenta: “A felicidade de todas as pessoas, ou seja, o estabelecimento de uma religião em prol do bem-estar dos seres humanos, é uma linhagem desde Shakyamuni, Sutra do Lótus, Nichiren Daishonin, Makiguchi sensei até a Soka Gakkai atualmente. Essa é também a linhagem da revolução religiosa — o combate à natureza demoníaca que causa o sofrimento humano” (Brasil Seikyo, ed. 2.324, 21 maio 2016).
Não é adoração
Muitas pessoas confundem unicidade com adoração a uma pessoa. A razão para isso é a falsa percepção de que o oceano é a “pessoa do mestre”. Assim como você, mestre no budismo é um ser humano comum. É o caso dos mestres da linhagem humanística do budismo: Shakyamuni, Nichiren Daishonin, Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e o nosso mestre, Daisaku Ikeda. Todos se uniram à Lei Mística porque fizeram dela o seu mestre. Na linguagem metafórica, a única diferença é que eles são gotas que se uniram ao oceano e, cada qual, segundo sua época e missão, ensina como é possível se unir ao oceano da Lei Mística.
O presidente Ikeda, explica: “Um mestre no budismo é alguém que conduz e conecta as pessoas à Lei, ensinando que a Lei com a qual elas devem se conectar existe dentro da própria vida. Os discípulos, por sua vez, buscam o mestre que incorpora e é uno com a Lei. Mirando-se no mestre como modelo, eles se empenham na prática budista. Dessa forma, abraçam um modo de vida que os habilita a dominar a mente.
Para atingir o estado de buda nesta existência, é indispensável que haja um mestre — aquele que incorpora e vive de acordo com a Lei e ensina às pessoas sobre o vasto potencial interior que elas possuem.
Sou o que sou hoje por causa do meu mestre, Josei Toda, que praticou conforme os ensinamentos do Buda e dedicou a vida à ampla propagação do Budismo de Nichiren Daishonin na época atual. O Sr. Toda está sempre comigo, como meu mestre espiritual. Ainda continuo mantendo um diálogo com ele em meu coração a todo instante. Esse é o espírito de unicidade de mestre e discípulo.
Aqueles que sempre mantêm firmemente seu mestre espiritual como um modelo e bússola e se esforçam conforme esse mestre ensina são os que vivem com base na Lei. O Budismo de Nichiren Daishonin é um ensinamento fundamentado na unicidade de mestre e discípulo” (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, p. 84).
Budismo — fazer da Lei o seu mestre
A iluminação de Shakyamuni foi a sua percepção quanto à existência da Lei Mística. Nessa ocasião, ele fez o juramento de que o mestre de sua mente seria a Lei e foi fiel a esse juramento por toda a vida. A maneira como o Buda viveu foi sintetizada em sua instrução final: “Faça da Lei a sua ilha, apoie-se somente na Lei e não dependa das outras pessoas” (Nova Revolução Humana, v. 3, p. 146).
“Viva de acordo com a Lei, confie no sólido ‘eu’ como uma inabalável ilha — essa era a essência do ensinamento que Shakyamuni pregou durante a sua vida”, comenta o presidente Ikeda (Ibidem).
“Não depender das outras pessoas” significa abandonar a mente egoísta do “eu menor”, é não ceder às fraquezas e aos impulsos destrutivos.
O modo de vida do buda Shakyamuni foi um modelo de conduta de uma vida dedicada ao juramento de fazer da Lei o próprio mestre. Essa unicidade, que o Buda manteve com a Lei, originou seus ensinamentos denominados budismo, cujo único propósito é tornar as pessoas iguais ao Buda ou iguais à Lei.
Reforçando, perceba que adotar a mesma atitude do Buda como modelo e praticar com o mesmo espírito e juramento referem-se à “unicidade de mestre e discípulo”. Essa unicidade é chamada popularmente de budismo. Por essa razão, não existe budismo sem a unicidade de mestre e discípulo, ambos são a mesma coisa.
“Tanto o budismo de Nichiren Daishonin como o Sutra do Lótus se fundamentam na unicidade de mestre e discípulo”, afirma o presidente Ikeda (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, p. 85). Sendo assim, correspondem à autêntica linhagem humanística do budismo que se originou no juramento de Shakyamuni. As demais correntes, que não se fundamentam na unicidade, separam ou diferenciam mestre do discípulo ou a pessoa da lei, são consideradas ensinamentos incompletos. Por isso, não conduzem à iluminação.
“Budismo que afirma que o Buda existe fora das pessoas comuns e que elas estão destinadas a serem guiadas por ele não é budismo genuíno. O Sutra do Lótus ensina que todas as pessoas são budas e que Shakyamuni possibilitou a todos atingirem a mesma condição de vida que a dele” (TC, ed. 422, out. 2003).
O caminho da iluminação consiste em adotar o mesmo juramento de Shakyamuni. Esse juramento vem sendo herdado ao longo do tempo pela linhagem humanística do budismo. Fazer da Lei o mestre é viver com base na fé de que todas as pessoas são budas da forma como se apresentam.
“Após a minha morte, vocês devem tomar meu mestre como seu próprio mestre, e devem avançar pelo mesmo caminho que percorri”, declarou Shakyamuni (Brasil Seikyo, ed. 1.477, 19 set. 1998, p. 4).
O erro da divinização do Buda e da Lei
Falar de uma lei que existe em todo o universo e de uma pessoa que a incorpora sem a correta noção da unicidade de mestre e discípulo induz as pessoas a cometer o erro da divinização tanto da Lei quanto do Buda. Adorar ambos como algo divino e externo é um erro, porque a adoração não é uma relação de igualdade e de unicidade.
A divinização do Buda ou da Lei é um problema grave que destrói o budismo em sua essência. Prova disso foi o desaparecimento do budismo na Índia.
Ao comentar sobre a causa desse desaparecimento, o primeiro-ministro da Índia, Jawaharlal Nehru (1889–1964), observou: “A genialidade do Buda tem a ver com o fato de ele ser um homem. O criador de um dos mais profundos sistemas de pensamento na história da humanidade, possuidor de um espírito inabalável e de uma grandiosa benevolência. Um acusador, contra a grandiosa multidão de deuses. (...) Ele foi divinizado e se perdeu naquela multidão, que o cercou completamente”.1
Logo após a morte de Shakyamuni, as pessoas gradativamente começaram a considerá-lo uma divindade, ocultando efetivamente o seu lado humano.
Consequentemente, abandonaram a fé de que a própria iluminação é possível e acabaram acreditando que budismo se resume a adorar o Buda ou apenas se esforçar para conquistar os estados de erudição e autorrealização. Em ambos os casos, um abismo insuperável foi criado, separando o Buda das pessoas comuns.
O Buda e a Lei são apresentados como entidades nas quais as pessoas podem confiar suas esperanças, não como possíveis mestres. Dessa forma, a unicidade de mestre e discípulo desapareceu, levando consigo o budismo.
“A partir do momento em que o ‘Shakyamuni humano’ foi esquecido”, comenta o presidente Ikeda, “o budismo deixou de ser um ensinamento que conduz o indivíduo a estabelecer o melhor modo de vida possível. O caminho de mestre e discípulo desapareceu. Consequentemente, o budismo entrou em decadência, tornando-se autoritário” (Brasil Seikyo, ed. 1.477, 19 set. 1998, p. 3).
Em outro momento, ele diz: “Se o Buda, considerado como o mestre, deixa de ser um ser humano e passa a ser um ‘deus’, então, falando de forma prática, será impossível existir o caminho de mestre e discípulo” (Ibidem).
Portanto, a pessoa que não possui um mestre da vida é quem, de fato, está propenso a cometer o erro da adoração ou divinização do Buda e da Lei.
A iluminação permanecerá como algo impossível porque a adoração — que diferencia e distancia o mestre do discípulo, a pessoa da Lei ou o Buda das pessoas comuns — tem sua raiz na mente egoísta, dominada pelas ilusões.
O escritor russo Fiodor Dostoiévsky faz uma observação perspicaz da relação que existe entre a mente egoísta e a divinização: “...muitas pessoas orgulhosas gostam de acreditar em Deus, especialmente aquelas que desprezam outras pessoas... A razão é óbvia. Elas se voltam a Deus para evitar de prestar alguma homenagem aos homens...; homenagear a Deus não é tão humilhante assim”.2
O desprezo às demais pessoas é a característica principal de uma mente egocêntrica. Dominado pelo egoísmo mesquinho, uma pessoa pode deturpar até mesmo o budismo, transformando-o num ensinamento do mais elevado respeito aos seres humanos num ensinamento de camuflado desprezo aos seres humanos. Esse desprezo se revela quando, por exemplo, se dá mais importância às cerimônias e aos dogmas que às pessoas. Outro exemplo é a propagação de visões que desvalorizam o ser humano, transformando-o num ser imperfeito e incapaz de possuir o potencial ilimitado da Lei em sua própria vida.
Torne-se o mestre da sua mente
A mente humana é a chave da iluminação. Pois, é graças a ela que o ser humano estabelece a unicidade com a Lei Mística. A mente se funde à vida universal porque possui um aspecto muito peculiar: muda constantemente e não tem limites para o seu desenvolvimento.
O fato de ela mudar se torna um defeito quando oscila entre a escuridão e a iluminação — as duas manifestações fundamentais da mente. Quando esse potencial para mudar é direcionado ao avanço de si mesmo e o desenvolvimento da sociedade, o ser humano não conhece limites para o próprio autoaprimoramento e crescimento do meio em que vive.
O que muitos consideram defeito, na realidade, é a principal qualidade da mente. Aqueles que tentam impedir em vão que ela mude, e se esforçam para manter a mente estática, empreendem um esforço tão inútil quanto enxugar gelo. Além de ser impossível, seguem na direção errada, porque “não avançar é o mesmo retroceder”.
O potencial de mudança da mente é o que faz dela a chave da iluminação. Contudo, é preciso vencer as próprias fraquezas internas que seguram a si mesmo na escuridão e impedem a iluminação de se manifestar. É justamente nesse ponto que a unicidade de mestre e discípulo atua.
Sem a unicidade, o ser humano, dominado pelo egoísmo, faz da mente instável, sujeita a ilusões, o seu mestre. Dessa forma, seu potencial definha rapidamente. Ou pior, cede a impulsos negativos e destrutivos.
Ser dominado pela mente obscura é adotar a si próprio (eu menor) e seus impulsos egoístas como alicerce. A pessoa dominada por uma mente instável, que oscila entre escuridão e iluminação, é atirada de um lado para outro. Em todas as situações, sempre vai sucumbir ao egoísmo e viverá mergulhada nas profundezas da escuridão e da ignorância.
De maneira inversa, iluminação é dominar a mente, fazendo da Lei Mística a nossa base. A Lei é a única capaz de domar a mente, pois não está sujeita às oscilações causadas pelas ilusões e pelos sofrimentos. Por isso, a Lei é o mestre mais seguro.
Tornar-se mestre da própria mente consiste em não ser derrotado pelas fraquezas e pelo egoísmo, e isso só é possível quando se estabelece uma relação de unicidade com a Lei.
“Não devemos nos deixar dominar pela nossa mente não iluminada que muda conforme as circunstâncias. Necessitamos de um mestre para ajudar a guiá-la na direção certa. Nesse sentido, os verdadeiros mestres da mente são a Lei budista e os ensinamentos do Buda”, afirma o presidente Ikeda (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, p. 82).
Em resumo, domar a própria mente é estabelecer a unicidade de pessoa e Lei; e o verdadeiro mestre da mente são a Lei budista e os ensinamentos do Buda. Ao reunirmos essas duas informações, chegamos ao Gohonzon.
O Gohonzon é conhecido também como a entidade da unicidade da pessoa e Lei (Nimpo-ikka). Além disso, ele é, ao mesmo tempo, a Lei budista e a síntese dos ensinamentos do Buda. Portanto, a Lei Mística — o mestre de todos os budas do universo — é o Gohonzon.
A fé no Gohonzon é o que erradica a escuridão fundamental. É justamente para que todas as pessoas manifestassem essa fé que Nichiren Daishonin revelou o daimoku de Nam-myoho-renge-kyo e inscreveu o Gohonzon.
A recitação do Nam-myoho-renge-kyo estabelece a unicidade de pessoa e Lei por meio da fé abnegada que significa reconhecer o Gohonzon dentro de você e dedicar a vida a transmitir essa Lei.
Em nossa época, dedicar a vida significa propagar o Gohonzon por meio da própria atitude e comprovação. Se as outras pessoas, que o observam, são capazes de acreditar que existe a Lei Mística na vida do ser humano e manifestam o espírito de procura pelo Gohonzon, significa que você dedica a vida à propagação da Lei, sua fé é abnegada.
Para elevar a nossa fé a esse nível, é preciso um mestre que atue como uma segura bússola espiritual que nos ensine a realizar a unicidade com a Lei. É por ter um mestre da vida que evoluímos da condição de pessoas que buscam ajuda para ser feliz a pessoas que ajudam os outros a serem felizes.
O Sutra do Lótus ensina a grande transformação — de discípulos que são conduzidos à iluminação pelo mestre (o Buda) para discípulos que conduzem os outros à iluminação com o mesmo juramento e compromisso do seu mestre. Em outras palavras, a visão do Sutra do Lótus de ajudar todas as pessoas a atingir a iluminação só se completa com o surgimento de discípulos que lutam junto com o mestre.
Encorajamento, nossa missão
Propagar a Lei é consolidar a unicidade de mestre e discípulo no próprio coração e ensinar os outros a fazer o mesmo. Ensinamos os outros por meio do encorajamento. É por meio do incentivo que despertamos a coragem para desafiar nossas próprias fraquezas e seguir o mesmo caminho do mestre.
De acordo com Tiantai, o termo “encorajamento” utilizado no Sutra do Lótus significa “devoção à Lei”. O incentivo é uma prática budista.
Encorajamento é despertar em outra pessoa a fé de que a Lei Mística existe no coração, além da coragem para desafiar as circunstâncias que impedem que essa Lei venha à tona.
Por que encorajar alguém é tão importante a ponto de se tornar a principal prática de um buda?
Essa Lei, que é o mestre de todos os budas, existe no coração das pessoas comuns. Dessa forma, o Buda se dedica a incentivar as pessoas considerando-as como o seu mestre. Portanto, a Lei que Shakyamuni jurou fazer dela o seu mestre é o potencial iluminado que existe no coração das pessoas comuns. O mestre do Buda é a Lei Mística ou o estado de buda que se encontra no coração das pessoas comuns. Por isso, o budismo é uma religião de autêntico humanismo.
Tudo isso faz sentido quando percebemos que a Lei Mística é inseparável do ser humano. Como o Buda jurou fazer dessa Lei o seu mestre, ele serve à Lei que existe dentro do coração das pessoas. Por essa razão, ele jurou conduzir todos à iluminação.
Um autêntico mestre do budismo se dedica a incentivar as pessoas com o mesmo respeito e abnegação que se dedicaria ao Buda ou à Lei.
Nichiren Daishonin afirmou que “Todos que têm fé no Sutra do Lótus são certamente budas” (END, v. I, p. 377) e “[O Sutra do Lótus] diz [a respeito de uma pessoa que aceita e protege este sutra] que ‘Deve se levantar sem falta e cumprimentá-la de longe, demonstrando-lhe o mesmo respeito que dirigiria a um buda’ [LSOC, cap. 28, p. 365]. Vocês devem respeitar um ao outro [como budas]” (END, v. I, p. 378).
Quando essa postura de respeitar o ser humano como buda se manifesta na forma de encorajamento para o ser humano que está à nossa frente é que estabelecemos a igualdade de espírito e atitude com o nosso mestre e, assim, estabelecemos o elo que une a nossa vida com a Lei Mística.
Nos blocos e comunidades, que compõem a base da SGI, é onde está a essência da prática budista. Encontramos uma fortaleza de incentivo e de apoio recíprocos que caracteriza o Budismo de Nichiren Daishonin centrado nas pessoas, e vemos também um grandioso modelo de humanismo que pode iluminar todo o futuro.
Conclusão
A Lei Mística, que é o mestre de todos os budas, existe na vida das pessoas comuns. Essa é a mensagem que o Gohonzon representa. O encorajamento é a manifestação concreta da fé no Gohonzon.
Quando encorajamos uma pessoa com fé abnegada em seu potencial iluminado, manifestamos o espírito de procura pela Lei Mística e fazemos dela o nosso mestre. Por essa razão, encorajar é pôr em ação a unicidade de mestre e discípulo.
O elo que une encorajamento ao conceito de unicidade é a fé abnegada. Para herdar essa fé é que existe a necessidade de um mestre (pessoa).
Fé abnegada é dedicar a própria vida à Lei. Como em cada época essa dedicação assume uma forma específica de atitude, Ikeda sensei é o nosso modelo de fé abnegada.
Certa vez perguntaram ao presidente Ikeda o que ele faz todos os dias. Ele respondeu: “Eu incentivo as pessoas” (Brasil Seikyo, ed. 1.570, 2 set. 2000, p. 3).
Portanto, fazer da Lei Mística o nosso mestre é assumir como propósito maior da sua vida o encorajamento à pessoa que está diante de você.
Nota:
1. MALRAUX, André. Anti-memoirs [Antimemórias]. Tradução de Terence Kilmartin. Nova York: Holt, Rinehart e Winston, 1968. p. 228.
2. Dostoiévsky, Fiodor. A Raw Youth. Tradução de Constance Garnett. Nova York: The Macmilian Company, 1950. p. 56.