domingo, 8 de maio de 2011

A QUESTÃO DO ORIENTE MÉDIO

          A Região do Oriente Médio é extremamente complexa. O que tumultuou e complexificou a regiaõ foi a criação do Estado de Israel(1948), o fato este que teve a discordância dos árabes.  historicamente a URSS apoiava os árabes e os EUA apoiavam os israelenses(Guerra Fria). Mas par entendermmos um pouco mais se faz necessário um recuo no tempo, e remetermos para um ano capital para a referida Região ano seria 1918- término da 1ª Guerra Mundial, onde esta região estava sob a dominação do Império Otomano, que teve sua origem na Idade Média. Com o desmembramento desse império, foram criadas alguns Estados Ársabes que possíam independênciatotal, pois eram tutelados pelas potências européias-FRança e Inglaterra, que passaram a dominar a Palestina, Síria, Lìbia e o Iraque .O Egito e a Pérsia formam colocados sob protetorado britânico.
         
          Em 1922 os ingleses concederam a independência ao Egito( mas mantiveram sua presença no teritório). Em 1936 o Egito adquiriu a condição de país soberano, em 1944 os líderes árabes reunidos em Alexandriana reprovaram a intervenção francesa no Líbano e se opuseram ao expansionismodos israelenses na Palestina. Isto levou a formação da LIGA ÁRABE (1945)   pelo Egito, Síria, Líbano, Iraque e Emirados Árabes Unidos.

          Em 1952 reacederam o atríto Egito X Inglaterra, a propósito do Sudão. Nesta ocasião um grupo de oficiaisdo exército egípcio liderado por G. A. NASSER, tomou o poder dando inícioa um programa de reformas destinado a proporcionar vitalidade à antiga colônia. A crise do Petróleo 1973, transformou o Oriente Médio numa região explosiva. E o evento ocrrido em 1979 no Irã- Revolição Islâmica, tirou os EUA da órbita de influência daquele país.

          Quanto ao Estado de Israel, vale lembrarmos que ao longo da sua História os judeus vivam dispersos pelo mundo: Era da Diáspora.
          Em fins do século XIX, a reativação do anti-semitismo implicou limitações aos direitos de cidadania e a violência física contra os judeus. Daí a idea do Sionismo    ( emigração maciça dos judeus para a Palestina, afim de criar um Estado Judeu 1896). Desde de 1882 fora organizadoo primeiro Kibutz - comunidade agrária baseada no coletivismo. A multiplicação dessas comunidades resultou na expulsão dos palestinos , daí os conflitos ocorridos. Com a 1ª Guerra Mundial(1914-1918), o mobvimento sionista ganhou força, através da Declaração Balfour-criação de um lar Nacional na Palestina(1917). Na mesma época, os ingleses prometerama independêcia aos árabes que lutassem contra os turcos otomanos. Durante a 2ª Guerra Mundial(1939-1945) a perseguiçãoaos judeus foi intensificada; o interesse dos EUA e da URSS rea asfstar o colonialismo Anglo-francês do Oriente Médio, assim,  explicam a Resolução da ONU que pôs fim ao mandato inglês na Palestina. Decidiu-se também  a crfiação de uma "zona neutra" em Jerusalém e a divisão do país em dois Estados: um Árabe e outro Judeu 1947.

          Os ingleses se retiram da Palestina em 14/05/1948 no mesmo dia foi proclamada a criação do Estado de Israel .Inicia-se aí a primeira da Guerras opondo Estados Árabes  X Israel - disputas por territórios e o crescente números de palestinos expulsos das terras que ocupavam passando a viver refugiados. Além do mais, a Guerra Fria igualmente dificultou o estabelecimento da paz no Oriente Médio.(ARRUDA,1986)

          A 1ª Guerra entre Árabes e Israel, foi considerada a "Guerra de Independência" de Israel(1949), que opôs Israel  à liga Árabe que se propunha à " Libertação da Palestina ". Usando armamentos franco-ingleses, os judeus foram militarmente vitoriosos. Resultado: consolidou-se o Estado de Israel, a liga árabe entrou em decomposião anexou novos territórios ampliando suas fronteiras de 14.500 Kilômetros quadrado para 20.900 Kilômetro quadrado

          A situação se agravou com a Guera dos Sete Dias (1967) marcada com um ataque de Israel ao Egito, Síria e Jordânia sob alegação de os 3 Estados árabes preparavam uma agressão conjunta a Israel devido à proteção que os governantes árabes davam à Organização de Libertação da Palestina (OLP), criada em 1964. Resultado desta guerra foi que Israel quatriplicou sua área teritorial. Em seguida veio a Guerra do YOM KIPPUR- o dia do Perdão, que opuseram Israel X Egito-Síria em 1973. É deste conflito que vai ocorrer a Crise do Petróleo que vai por fim a era do capitalismo comhecida como Estado de Bem-estar Social.

sábado, 7 de maio de 2011

TERRA ESTRANGEIRA O ORIENTE MÉDIO: Alguns aspectos históricos.

          Ao esclarecer alguns pontos acerca das revoltas ocorridas na Tunísia, Egito e Líbia precisamos afirmar que : esses países sofrem de fadiga social genralizada (Bozarslan). E a causa disso foi a partilha do Império Otomano( 1918-1920)pelas potências coloniais da França e da Inglaterra, provocou revoltas na região.Outro ponto, foram os ataques terroristas de 11/09/2001 que "amputaram" as possibilidades democráticas que se desenhavam em vários países árabes, deixando-os sem nenhum horizonte político.(Borzaslan).Segundo este autor , Há duas razões par este revoltas no mundo árabe; a 1ª é que a maior parte dos países ocidentais havia apoiado os regimes autoritários - considerados como "muros" contra os radicalismo sociais e políticos; 2ª está ligada à cronologia vertiginosa dos acontecimentos, que, de forma inesperada, se alastrou pelo mundo árabe.

          Quanto aos países em questão(Egito, Tunísia,Líbia) nos primeiros anos do pós-impeialismo havia um Estado cartelizado, no qual o chefe de estado ocupava uma posição de arbítro.Com a derrubada do cehefa de estado(recentemente), o cartel passa a ser reorganizar em torno do éxercito- é o caso do Egito e a Tunísia; já no caso da Líbiaque vive de fatores Regionais, Tribais e dos clãs. O Estado acaba se apoiando em uma força paralela ao Estado, constituído de Míliciasmantidas pelo dinheiro do petróleo.

          Assim pode-se falar em mundo árabe como uma "região cultural" e menos ainda uma entidadefachada em si mesma. É uma noção vaga, indetermindano tempo e no espaço. Mas é esdsa mesma indeterminação que faz com que essa Região seja Fluida, aberta e em constante reinvenção. Há uma história comum- o declínio do império otomano até o 11/09/2000., passando pela criação do Estado de Israel ou  Revolução Islâmica- xercem impacto em mais de um pís e por longo tempo, criando uma sensibilidaecomum. Além das relações de dominação criou a oposição entre "eles" e "nós". Além da prevalência do Islão como religião, o autoritarismo que privilegia a dominação dos autores não elitos e a ênsafase na segurança como modo de Governança e como ideologia.


        

sábado, 30 de abril de 2011

NÃO SE ZANGUEM

          A "futilidade" entrou decidiadmente na vida nacional.

          Os anúcios na Net todos dias proclamam aos quatro ventos as virtudes miscelâneas das futilidades midiáticas.

          Não tenho absolutamente nada contra estas coisas; só acho que são bastante inúteis, pois mantêm e sustenta no nosso espírito essa coisa que é mais necessária à nossa vida que o próprio pão: a ILUSÃO (LIMA BARRETO,1914).

          Avalio, porém, que as diversões dessa gente que lida com a futilidade, reina a bestialização.Pois, para para assistir o Casamento real(29/04/2011) que não acrescentou nada, a não ser o fato de nossas ilusões; de que podemos sair da condição de plebeu e atingirmos o sich sangue azul da nobreza.

          Mas penso que esta sorte na realidae não existe pois, vide a vida da Princesa Daine que faleceu em 1997, vamos pensar no preço que a plebeia pagou para ter seu sangue azul viver daquela forma sendo humilhada pela "Família Real" a começar pela Rainha que não suportava a princesa.

          Mas, voltando a futilidade deque trata esta postagem é que eu não suporto tanto publicidade na Net que só visa lucro e o "entorpecimento do povão" via cultivo de nossas doces ilusões.

          Pensamos desta seguinte forma: ao abrirmos nosso PC na Net, COMEÇAS OS ANÚCIOS DE PROMOÇÃO DE... lembremos que a polução brasileira vive de um salário mínimo R$545,00 e como vamos consumir as promoções apresentadas no sítios que sempre estão lá para formar nossa mentes e nossos corações....
         

Crônicas de Lima Barreto ( ELOGIO DA MORTE) 19/10/1918

          Não sei quem foi que disse que a vida é feita pela morte. É destruição contínua e perene que faz a vida.
        
           A esse respeito, porém, eu quero crer que a Morte mereça maiores encômicos.
        
           É ela que faz todas as consolções das nossas desgraças; é dela que nós esperamos a nossa redenção; é ela a quem todos os infelizes pedem socorro e esquecimento.
        
           Gosto da morte porque ela é o aniquilamento de todos nós; gosto da morte porque ela nos sagra. Em vida, todos nós somos conhecidos pela calúnia e maledicência, mas, depois que Ela nos leva, nós somos conhecidos(a repetição é a melhor figura de retórica), pelas nossas boas qualidades.
        
           É inutil estar vivendo, para ser dependente dos outros: é inútilestar vivendo para sofrer os vexames que não merecemos.
        
           A vida não pode ser uma dor, uma humilhação de contínuos e burocrtas idiotas; a vida deve ser uma vitória. Quando, porém, não se pode conseguir isso, a Morte é que deve vir em nossos socorro.
       
            A covardia mental e moral do Brasil não permite movimentos de independêcia; ela só quer acompanhadores de procissão, que só visam lucros ou salários nos pareceres . Não há, entre nós, campo para as grandes batalhas de espírito e inteligência. Tudo aqui é feito como dinheiro e títulos. A agitação de uma ideia não repercute na massa e quando esta sabe que se trata de contrariar uma pessoa poderosa, trata o agitador de louco.
        
           Eu estou cansado de dizer que os malucos foram os reformadores do mundo.
        
           Le Bon dizia isto a propósito de Maomé, nas suas Civilisation des arabes , com toda razão; e não há chanceler falsificado e secretária catita que possa contestar.
        
           São eles os heróis; são eles os iludidos; são da existência da nossa triste Humanidade.
        
           Nunca foram os homens de bom senso, os honestos burgueses ali da esquina ou das secretárias chics  que fizeram as grandes reformas no mundo.
        
           Todas elas têm sido feitas por homens, e, às vezes mesmo mulheres, tidos por doidos.
        
           A divisa deles consiste em não ser panurgianos e seguir a opinião de todos, por isso mesmo podem ver mais longe do que os outros.
        
           Se nós tivéssemos sempre a opinião da maioria,estaríamos ainda no Cro-Magnon e não teríamos saído das cavernas.
        
           O que é preciso, portanto, é que cada qual respeite a opinião de qualquer, para que desse choque surja o esclarecimento do nosso destino, para própria felicidade da espécie humana.
        
           Entertanto, no Brasil, não se quer isto.Procura-se abafar as opiniões, para só deixar em campo os desejos dos poderosos e prepoderantes.
        
           Os órgãos de publicidade por onde se podiam elas revelar, são fechados e não aceitam nada que os possa lesar.
         
           Dessa forma, quem, como eu nasceu pobre e não quer ceder uma linha da sua indepedência de espírito e inteligência, só tem que fazer elogios à morte.
        
           Ela é a grande libertadora que não recusa os seus benefícios a quem lhe pede. Ela nos resgata e nos leva à luz de Deus.
         
          Sendo assim, eu sagro, antes que ela me sagre na minha pobreza, na minha infelicidade, na minha desgraça e na minha honestidade.
          Ao vencedor, as batatas!

         

     

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O MATERIALISMO HISTÓRICO E A CRÍTICA DO CAPITALISMO

          O excelente livro do catalão Fontana, cujo o título é História: Análise do passado e projeto social, chamou muito minha atenção a parte onde o autor historicizar o marxismo e a destruição da ciência histórica.
          Ele começa com a análise sobre o Pensamento histórico da revolução francesa, onde surgiu o conceito de luta de classes e de  classe , que dará uma dimensão política à interpretação econominicista e passiva da teoria dos quarto estados. Paralelamente surgiu os representantes do "socialismo francês", onde Augustu Blanqui(1805-1881) profetizou que o futuro será o comunismo.
Após constatar que "a humanidade começou pelo isolamento, pelo individualismo absoluto, e que, através de uma larga série de aperfeiçoamentos, deve chegar à comunidade"(p.100-114)
          Em seguida, o autor destaca o ano de 1814- ano em que generalizou-se na Europa uma preocupação de conter o avanço das ideias revoucionáriasnas camadas populares rurais e urbanas.Para isso, fortaleceu a ideia de NAÇÃO (comunidadede homens, simbolizada por uma bandeira e um Hino) e encarnada na pessoa do monarca ou presidenteda república e das instituiçoes do governo que compartilham com ele o poder. E a corrente dominante na historiografia francesa, será duas- a romantica e positivismo- que representam a ruptura com relação ao passado ilustrado e revolucionário. Uma das principais figuras destas correntes foi L.V. RANKE (1795-1886), que em 1824, na sua obra clássica, está contida uma "crítica aos historiadores modernos, dirigida contra a filosofia histórica da ilustração", siginificando ínicio de sua cruzada metodológica, ou seja, "mostrar como as coisas tal como sucederam". Ranke, será o historiador das Nações e das relações entre elas; Ranke procura ocultar os modos de subsistência ou de luta de classe(argumentando que debilitam a coesão social). Desta forma, Ranke, preparou o caminho para a submissão absoluta dos cidadãos ao poder. E, seus "sucessores" não teriam outra coisa a fazer que prosseguir na sacralização do estado e a união do povo pela lei.(p.117-132)
          O autor, ao analisar as derrotas das aspiraçãoes revolucionárias de1830-1832,verificou o surgimento do radicalismo operário britânico que gerou o Cartismo(demanda por direitos políticos com os quais poderiam transformar a sociedade). É nesta conjutura - organizações de sociedades secretas populares; pentração do socialismo utópico na Itália; aparecimento da liga dos comunistas criadas por alemães exilados em Paris é que nasceu o materalismo histórico de Marx e Engels, impulsionado pela constituição da Revolução Francesa traída em 1830; radicalização do pensamento ilustrado (HEGEL) e da crítica ao capitalismo(potenciada pela indústrialização); uma vez que, o materialismo histórico vem como uma visão da história que nega a escola escocesa, crítica da economia política clássica e um programa de construção do futuro radicalmente oposto ao da burguesia. Surge então a necessiade de analisar o presente isto é, " a realidade do capitalismo", para poder preparara estratégica da luta e para dotar o proletariado de um programa próprio. Mas, após várias interpretações escolásticas, esquecendo de compreender o papel da crítica do capitalismo, eregiu em cânone de uma filosofia da história que respondia todas as perguntas sem recorrer á investigação concreta; nascendo uma termologia e uma linguagem ritual que caractrizou boa parte da história que se pretende marxista, e que não tem nada que ver com as que Marx e Engels empregavam nas suas análises históricas. Portanto, o materialismo histórico contém uma concepção da história que nos mostra, que não são definidas fundamentalmente pelo grau de desenvolvimento da produção, mas sim pela natureza das relações que se estabelecem entre os homens[e mulheres] que participam no processo produtivo.(p.139-150)
          com o advento da revoluçaõ Russa - que possibilitou um progresso econômico à margem das regras do capitalismo. Isso, gerou o esforço das classes dirigentes para manter a estabilidae da economia e a recobrar o controle social aplicando tática que combinava a repressão contra setores revolucioários do movimento oprário para pelo menos isolá-los e o esforço para integrar aos mais moderados. Isso gerou o abando, por parte dos partidos Social-democratas, de todas as tendências revolucionárias. Desta forma, fórmula(repressão com integração) funcionou e a buguesia recompôs seus macanismo e a estabilidade. E, o Fascismo, conseguiu pela força, liquidar o movimento operário através da promessa de que as condições de vida melhorarm. Por outro lado, não só a sociedade mudou depois de 1917, também o fizeram as ciências sociais e, mais concretamente, a História. Assim, bolchevismo e materialismo histórico surgem como as duas caras de uma mesma moeda. Portanto, surgiu a vontade de "combater o marxismo", e, também, de outras disciplinas sociais "adjacentes" à ciência da histórica, mais fáceis de controlar  e vôo mais curto, como são a Economia neo-clássica, a sociologia funcionalista e a antropologia estrtural; surgindo figuras como: WALRAS, BOAS, DURKHEIM e o mais emblemático KARL POPER, cujo o ataque à história procede do terreno da espistemologia.(p.155-160)
          Através deste processo de destruição das bases teórica da Histótia, há a necessiade de se criar uma "Nova História". As disciplinas, que serão referências para os historiadores acadêmicos renovarem a história, são a Antropologia e a Sociologia. Nesta surgiram as obras de Durkheim(que proclamoou que era presciso"considerar os fatos sociais como coisas", que devem estuadar separadamente; já Max Weber, liberal que preocupado em encontrar para a política alemã um caminho intermediário entre os extremos do conservadorismo Prussiano e o revolucionrismo marxista; Weber criou o método dos "tipos ideais"- conceitos limitados que fabricamos nós mesmos, que se transformou num instrumento artificial para a investigação. No terreno da antropologia levantam -se duas figurasBoas que influenciado por Diltey e pelos neo-kantianos criou o "particularismo histórico". A ooutra figura foi R-BROWN, que parte da influência de Durkhein, para afirmar que o presente não deve sr interpretadopela sua gênese, massim pela sua estrutura, pela interdependência orgânica das partes"funcionando"dentro de um grande todo. E, por fim, tem a figura de Malinowski que sistematizou aspectos culturais, para combater o evolucionismo, difucionismo e "a chamada concepção materialista da história". Assim, esta "história nova" acabou com a finalidade principal da História- arma para destruir a sociedade capitalista.(p.169-185)