sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DIREITO PENAL - AULA 02 (Princípios do Direito Penal)


Norma Penal em Branco-Rogério Sanches


NORMA PENAL EM BRANCO - CEGA.wmv


Direito Penal | Princípio da Legalidade


Artigo 5º - Irretroatividade da lei (23/05/12)


Diferença entre Lei Penal e Norma Penal


Lei Penal no Tempo 06


Lei Penal no Tempo 05


Lei Penal no Tempo 04


Vlog do João - Coca-Cola com rato / Voto do mensalão / Chiquinho Scarpa


Vídeo 01 Professor André Queiroz - Direito Penal - OAB - Princípios


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Slavoj Žižek | De Hegel a Marx... e de volta a Hegel! | Áudio em Português


Slavoj Žižek | De Hegel a Marx... e de volta a Hegel! | Áudio em Português


Ruy Braga | Manuscritos econômico-filosóficos | Aula 9 | III Curso Livre...


Vlog do João - Natan Donadon / Corrupção / Vou fazer Cocô


Vlog do João - Suicídio Champignon / Invalidez de Genoíno / Treta da ...


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João Revolta - Putaria na televisão


REVOLTA RE: Min. Celso de Mello (Resultado do Mensalão)


"Ferronorte é um marco no setor de transporte no país"



        





Política / ESTRADA DE FERRO
19.09.2013 | 11h30 - Atualizado em 19.09.2013 | 11h32
 

"Ferronorte é um marco no setor de transporte no país"

Dilma diz, em Rodonópolis, que ferrovia traz vários benefícios, alguns ligados diretamente à produção

Agência Brasil


Dilma: "Há um atraso de cerca de dois séculos na fomentação do transporte intermodal no Brasil"
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quinta-feira (19), que a inauguração do Terminal Intermodal de Cargas de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) da Ferronorte é um “marco” no setor dos transportes para o Brasil.

Considerado pela operadora América Latina Logística (ALL) o maior complexo intermodal de cargas da América Latina, o terminal, conforme a presidente, é sinônimo de redução de custos e ampliação da competitividade.
"As ferrovias sempre serão de custo mais baixo. Nós somos um país continental. Os grandes países, principalmente os Estados Unidos, no início da sua revolução, no Século XIX, apostaram na ferrovia como sendo um dos elementos fundamentais para ligar e cortar o país"

“Essa ferrovia traz vários benefícios, alguns ligados diretamente à produção e comercialização dos produtos e à chegada desses produtos aos portos do Brasil. Ao ser concluída até esse ponto, a Ferronorte permite uma redução de custos, o que dá uma maior competitividade, inclusive, internacional”, disse Dilma.

Em entrevista, ainda no aeroporto de Rondonópolis, à Rádio Click FM, de Rondonópolis, e retransmitida pela Rádio Mega FM, de Cuiabá, a presidente lembrou que a inauguração do terminal significa a realização de uma solicitação feita ainda em 2007, quando era ministra-chefe da Casa Civil, no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu comecei a movimentar o Governo no final de 2007, pedindo que a ALL concluísse esse trecho. Ele estava previsto, mas não era concluído. Hoje, vejo realizado um sonho pelo qual lutei, sobretudo, pela importância que Rondonópolis tem para essa região e para todo o Brasil. Fazer essa ferrovia era uma questão crucial para o país”, explicou.

A presidente ressaltou também um atraso de cerca de dois séculos na fomentação do transporte intermodal no Brasil.

“As ferrovias sempre serão de custo mais baixo. Nós somos um país continental. Os grandes países, principalmente os Estados Unidos, no início da sua revolução, no Século XIX, apostaram na ferrovia como sendo um dos elementos fundamentais para ligar e cortar o país”, afirmou Dilma.

“A custos menores, elas foram responsáveis por estruturar a logística. Estamos fazendo isso no Século XXI, dois séculos depois de outros países, e temos que correr para fazer. A Ferronorte é um marco porque interioriza o Brasil, reduz o tempo de transporte e diminui também a quantidade de caminhões nas rodovias, o que torna o transporte de pessoas muito mais seguro. Não vamos parar por aí”. completou.

Terminal de Rondonópolis

De acordo com América Latina Logística (ALL), operadora do terminal de Rondonópolis, o espaço será o maior complexo intermodal de cargas da América Latina.

Com sua inauguração, a capacidade de transporte da Ferronorte em Mato Grosso salta para 17 milhões/ano.

O terminal também deve abrigar áreas de transbordo e de armazenagem, além de fábricas de óleo e de biodiesel.

Além de Rondonópolis, outros três terminais da Ferronorte estão em funcionamento em Mato Grosso – Alto Taquari (a 479 km de Cuiabá), Alto Araguaia (414 km), e Itiquira (357 km), todos no Sul no Estado.

Desse modo, a estrada de ferro passa a operar com 370 quilômetros de trilhos em Mato Grosso.

O próximo passo será duplicar os 25 quilômetros de ferrovia que ligam Rondonópolis ao terminal.

Em seguida, concluir o estudo de viabilidade sobre a possibilidade de trazer os trilhos por mais 220 quilômetros até Cuiabá.

Após a Capital, a Ferronorte deve ser expandida até Santarém (PA), para facilitar o escoamento da produção mato-grossense pelos portos da região Norte do país.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Entrevista com Rogério Greco - Procurador de Justiça em 20 04 2012 Blo...


IBCCRIM - Sala dos Professores com Márcio Thomaz Bastos 28.08.12


É Notícia recebe o advogado e ex-Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bas...


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Prerrogativas do Advogado Criminalista - Carlos Rebouças


Advogado Criminalista: como atua e quais são as dicas sobre a área


Prática da Advocacia Criminal


DIREITO PENAL - RELAXAMENTO DA PRISÃO


DIREITO PENAL - DICAS ADVOGADOS CRIMINALISTAS INICIANTES PARTE 02


DICAS ADVOGADOS INICIANTES NA ÁREA CRIMINAL


Dicas TV CEJUS: Direito Penal - Felipe Novaes - Parte Geral #2


black block
o capitalismo aderna e naufraga. o capitalismo faz água. baumaniemos: o neoliberalismo, forma terminal do capitalismo, se baseia no consumo, na concentração de renda e na exclusão. qual o papel do estado? vigiar e punir (nenhuma “autoridade” se manifesta contra a violência da polícia. muito menos a mídia). as mega incorporações (bancos, indústrias, empreiteiras, etc) dão as ordens. elas não tem cara. seu maior disfarce. a mídia e a segurança pública, seus paus mandados.

o mundo se globalizou faz tempo. tanto a ação quanto a reação. brasil, turquia, países árabes, espanha, new york, tudo a mesma luta contra o neoliberalismo excludente terminal. as armas e os métodos da polícia, a estratégia da mídia, criadora de mentiras q viram verdades, são transnacionais. de outro lado, os governos populares da américa latina, os sit-ins, os black blocks, a descentralização do comando, as redes sociais, tudo se espalhando pelo mundo.

gostaria de calar e dormir, mas como astrofísicos, quando descobrem que a luz pode ser onda e partícula ao mesmo tempo e que a linguagem, baseada no isso ou aquilo, não dá conta de expressar, astrofísicos que não conseguem calar, querendo anunciar paratodos suas descobertas.

a polícia apresenta suas armas. não sei bem como driblá-las. a união de milhares de pessoas e as urnas são nossas poucas armas. a vida combatendo a morte. faz bem se alimentar bem para manter a saúde, o discernimento, o entusiasmo. e vamos pra cima. a vida pode mais que a morte.






Comissão de Anistia julgará o processo de Honestino Guimarães; conheça a história do líder estudantil


“A vida é amar, é o coletivo sobre o individual, é o movimento e o progresso em tudo. Mesmo que seja difícil ser visto. O resto é anti-vida”
Honestino Guimarães
 
 
 
Com o objetivo de dar mais um passo na luta pela verdade e justiça no Brasil, a Comissão da Anistia, através da Caravana da Anistia, fará no próximo dia 20 de setembro, na Universidade de Brasília (UNB), mais uma Caravana da Anistia.
Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), esse, particularmente, será um evento especial e bastante importante: no decorrer das atividades do dia será julgado o processo do ex-aluno e ex-presidente da entidade, Honestino Monteiro Guimarães.
Como é sabido, jovens de muitas gerações deixaram sua contribuição revolucionária e transformadora para o Brasil, seja pelo vanguardismo e protagonismo que cultivaram dentro do movimento estudantil ou pelo simples fato de serem brasileiros e permanecerem ativos na busca de seus ideais.
Honestino, no entanto, foi um dos mais simbólicos e valorosos líderes que passou pela história do movimento estudantil. Ele não foi somente um jovem franzino, de cabelos claros e olhos verdes. Não foi somente um estudante de Geologia, presidente da UNE, e tampouco um aluno com coragem e amor incondicional à justiça. Honestino não é apenas um nome na lista dos 125 desaparecidos do regime militar.
Para a entidade, Honestino se transformou em algo maior. Ele é uma ideia continua de liberdade e democracia. É o passado, presente e futuro na luta pela aniquilação de qualquer desigualdade social.
Os que conviveram com o jovem guerrilheiro relatam seu esforço descomunal para manter a UNE respirando em seu estágio terminal. Relatam a sua astúcia, inteligência e abnegação para garantir ao movimento estudantil brasileiro o mínimo de vida, ainda que isso tenha lhe custado a sua própria.
Diante desse acontecimento da Comissão da Verdade, a entidade fez um breve apanhado da história de Honestino, presente hoje e sempre.

Honestino Monteiro Guimarães nasceu em Goiás, na pequena cidade de Itaberaí, em 28 de março de 1947. Em 1960, mudou-se com a sua família para os arredores de Brasília, uma capital ainda em construção.
Honestino era mais um jovem estudante secundarista que vivia uma época de grande agitação política. Pichava os muros com os amigos, tinha um lado humanitário aflorado graças ao seu pai e gostava de escrever poesia.
Cursou o 1º ano no Centro de Ensino Médio “Elefante Branco”, escola pública de Brasília que era chamada ironicamente de “Elefante Vermelho”, devido intensa participação política de seus estudantes e professores. Nesse período, o movimento estudantil secundarista no Distrito Federal conduzia grandes mobilizações em defesa da escola pública, contra o aumento das passagens do transporte público, e por democracia nas escolas e no país.
No ano de 1964, o ano do golpe militar, Honestino cursava o 3º ano científico no CIEM (Colégio Integrado de Ensino Médio, anexo à UnB). Foi lá que iniciou sua militância, com o desejo de participar da construção de um mundo melhor, justo e sem exploração. Como qualquer outro jovem.
Honestino entrou na Universidade de Brasília (UnB) em 1965, no curso de Geologia. Foi a partir daí que começou a de destacar dos outros estudantes ao seu redor. Em menos de dois meses, já era um grande quadro, atuando como dirigente estudantil. A sua militância diária, honesta, e a confiança recíproca que tinha com a massa estudantil passou a chamar a atenção da repressão militar. Vale ressaltar aqui que a UnB foi a universidade mais perseguida pela ditadura. Foi Invadida pelo Exército cinco vezes: em 1964, 65, 68, 77 e 84.

Com a ditadura militar e o Ato Constitucional nº5 (AI-5), aos estudantes, não cabia outra alternativa a não ser continuar se organizando clandestinamente, protestando, denunciando a morte e tortura de colegas, enfrentando todos os tipos de censuras, violências e perseguições. Eram tempos em que ser jovem era condição de risco, de perigo constante, de tomar ou não uma posição no mundo. Eram tempos difíceis, mas também tempos para o surgimento de grandes heróis.
Entre 1967 e 1968, Honestino foi preso por três vezes e condenado a 25 anos pela participação nas lutas estudantis. Após sua última prisão, ele deixou a cidade, a universidade e tornou-se clandestino em Goiânia. Sua nova residência foi invadida inúmeras vezes por agentes da repressão.
Foi em 1971 que o jovem militante se tornou presidente da UNE, assumindo a entidade após a prisão de Jean Marc Von der Wei. O congresso que elegeu Honestino foi clandestino e feito às pressas.
No final de 1972, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi jurado de morte e preso pelo órgão repressivo conhecido como Cenimar, o Centro de Informações da Marinha. Ao saber da prisão, sua mãe, Dona Maria Monteiro, iniciou uma incansável busca pelo paradeiro do filho.
Em dezembro daquele ano, teve ainda a garantia de que poderia visitar Honestino durante o Natal no temido PIC (Pelotão de Investigações Criminais do Exército) de Brasília. Mas, chegando ao local, foi informada de que o filho não estava lá. Após um ano, em 1973, o caso do desaparecimento de Honestino ganhou notoriedade e virou símbolo de luta e resistência.

 

A Comissão da Verdade da UNE, instalada no início desse ano, durante o 14º Conselho Nacional de Entidades de Base, o Coneb, está ajudando a reescrever a história de Honestino. Ao longo do ano, tem realizado encontros e se debruçado em textos, relatos, notícias e jornais que possam esclarecer fatos da vida do líder estudantil goiano até o seu desaparecimento.
A equipe de trabalho da Comissão tem como conselheiro Paulo Vanucchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e integrante da Comissão Nacional da Verdade. Além disso, colaboram pesquisadores, estudantes e historiadores que tratam sobre o período e o movimento estudantil.

Patricia Blumberg

Domingo, 15 de Setembro de 2013

A VERDADEIRA VIDA

Seria preciso educar as pessoas. Levá-las a compreender que a verdadeira vida não está na televisão nem no futebol. Que a verdadeira vida está na criação, na arte, na beleza. Que a verdadeira vida está no mergulho no abismo, na vida interior, nos deuses e demónios que temos dentro de nós. Não na vidinha, no quotidiano entediante e previsível. Que a verdadeira vida está na vida gratuita, no facto de termos nascido de graça, no facto de habitarmos poeticamente a terra. Está também na comunhão, na celebração, na embriaguez, naquilo que fazemos de livre vontade, sem castrações nem dominação. Está naquilo que não nos é imposto, que não é pago nem mediado. Está na criança eterna que mantemos dentro de nós. Está na juventude que não perdemos. Está na espontaneidade, no dizer não ao deve e haver da economia, da finança que tudo reduz ao número, que emporcalha as relações humanas. Seria preciso educarmos as pessoas na liberdade.

Segunda-feira, 2 de Setembro de 2013

Começo a ser o mais louco dos poetas actuais. Já pouco temo. Digo o que quero. Escrevo o que quero. O homem comum não cresce, não evolui, não se enriquece. Por isso é-me difícil dialogar com ele. Sou também o mais ousado, o que insulta Deus e o presidente. O que celebra a mulher presente. Vivo uma espécie de segundo nascimento, de segunda infância. Os dias são grandes como os do antigamente. Começo a ser o mais louco dos poetas actuais. Não tenho limites. Danço com Zaratustra. Como Rimbaud, como Baudelaire vou até ao inferno e volto. Sinceramente não vejo mais ninguém assim. Estou cada vez mais desalinhado. Cada vez mais longe do homem comum, embora o saúde. Sou o mais louco dos poetas actuais. Refugiado na confeitaria da aldeia, o mundo espera por mim, pela poesia incendiária. A poesia incendiária vai tomar conta do mundo.

Quarta-feira, 28 de Agosto de 2013

ESTE OFÍCIO DE ESCREVER

Este ofício de escrever. Dá gozo mas é um trabalho como os outros. Não tenho horários fixos, é certo. Nem sequer escrevo romances, histórias. É apenas isto. A tinta preta na folha. O que tenho à minha frente e o que me sai da cabeça. Não tenho aquela disciplina. Nem ando sempre a fazer correcções. Houve quem me acusasse de ter o tempo todo para escrever e supostamente por isso, e somente por isso, escrever melhor. Houve quem me quisesse deitar abaixo mas a Gotucha não deixou. Eu sei que, mais tarde ou mais cedo, vou ser realmente reconhecido. Porque sou um marginal, um maldito, mesmo que tenha coisas que nada têm de marginal. Mas, enfim, fica a fama. Posso perfeitamente chegar a um desses programas imbecis e partir a loiça toda. Posso perfeitamente estoirar.
 

Sábado, 24 de Agosto de 2013

BRASILEIRA

Uma cervejinha sabe bem aqui n' "A Brasileira" onde as burguesas falam. Sou realmente o poeta d' "A Brasileira". Não vejo mais nenhum. Sou o único que vem para aqui escrever. Se calhar já merecia uma estátua. Bem, o que é facto é que sou um poeta n' "A Brasileira". Escrevo para o mundo, para o que der e vier. Vejo as pessoas a passar na rua de São Marcos. Observo.

Domingo, 18 de Agosto de 2013

O GRITO PRIMITIVO

É claro que há gente amável. Contudo, como dizem os filósofos, este mundo não presta. O capitalismo pôs-nos a competir uns com os outros. Está tudo nas mãos dos especuladores, dos usurários, dos agiotas. Um mundo com o amor controlado, com a liberdade controlada, quase sem poesia. É também um mundo onde não se questiona a própria existência, onde não se questiona o que se está a fazer aqui. É claro que há gente amável, que nos ouve, que nos respeita, gente que até se aproxima das nossas ideias. No entanto, a máquina é implacável, torna o homem detestável, um predador, um competidor, cheio de medo do seu semelhante e da própria máquina. Não, não me canso de dizer. Esta vida não serve. Destrói-nos, diminui-nos, faz de nós escravos e macacos. Urge ir atrás da liberdade, do grito primitivo.

Sexta-feira, 16 de Agosto de 2013

 

INSPIRAÇÃO

E, de repente, volta aquilo a que chamam a inspiração. De repente, as palavras vêm fáceis. E até aprecio o sorriso burguês da patroa. As mulheres enlouquecem com os bebés. Beijam-os, fazem-lhes festas. Outros vêm aos bolos e ao pão. Como se a vida fosse bela. Mas não é. Estas pessoas vão ganhando a vida, distraem-se com os bebés, com as revistas e com a televisão. Eu não me contento com isso. Eu quero chegar lá, à glória, à revolução. Não ganho a vida nem me esforço por isso. Não faço negócios. Eu quero dizer o que penso na televisão. Já lá estive. Quero voltar. No fundo, quero ser um filósofo. Já sou o poeta maldito, marginal, underground. Já cheguei a muitos lugares. Vivi noites e noites, no Porto, em Braga, na Póvoa, em Vila do Conde. Vivi copos e copos, aventuras, putas, diversões. Estive no bar até ser dia, tive conversas filosóficas, tripei, tive alucinações. Estive onde muita gente nunca esteve, sou diferente. Estou pronto para dar o próximo passo.

Quarta-feira, 7 de Agosto de 2013

É necessária uma revolução porque o capitalismo não presta. A imbecilização, a publicidade, o "Big Brother" que tudo comanda fazem do homem um escravo, um ser desprovido de humanidade. Os banqueiros, os mercados e os governos ao seu serviço estão a destruir o homem de tal modo que este raramente se questiona, raramente sabe o que está a fazer na Terra. Daí que seja necessária uma tomada de consciência desde a juventude, desde a adolescência. Urge um forte abalo nas mentes, nos espíritos para que, de uma vez por todas, se comece a vencer o capitalismo e a ditadura da economia. A revolução começa nas nossas cabeças, nos nossos corações. Daí partirá para a rua. Não basta combater este ou aquele governo, é necessário combater o capitalismo dos mercados na sua essência, é necessário ir à essência do homem, promover ao máximo o livre desenvolvimento das suas potencialidades, questionar o dinheiro e o lucro. O homem livre, o homem plenamente desenvolvido, derrotará o capitalismo.

O BLACK BLOCK E A LUTA REVOLUCIONÁRIA


O BLACK BLOCK E A LUTA REVOLUCIONÁRIA



Você não estava em Gênova não é mesmo? Senão não seria possívelque dissesse isto. O suposto Black Bloc não impediu nada. A políciaatacou brutalmente em todas as linhas de bloqueios, e disparou emmuitas delas com balas de verdade. Sem motivo, sem agressão. Euestava na linha dos Tute Bianches, e eu posso garantir que os gruposautônomos não puderam impedir nada. Ao chegar a poucos metros dapolícia, a qual havia se posto a centenas de metros da Zona Rossa,esta começou a atirar bombas de gás lacrimogêneo, semeando opânico entre os/as manifestantes. Isto aconteceu numa rua muitoestreita, na qual houve uma massa de gente se esmagando e seatropelando para fugir dos ataques da polícia criminal. Tenho umcompanheiro que estava nesta mesma linha, e foi capturado etorturado pela polícia durante horas numa delegacia do centro. Cada um se defendia do jeito que podia da polícia criminosa. Aagressão brutal e sem justificativa foi originada pela polícia. Tudoestava premeditado. Até os mortos. Centros de torturas forammontados dias antes nas delegacias de Gênova com torturadoresPROFISSIONAIS. Melhor do que impedir, o pessoal do Black Bloc e muitas outraspessoas que se somaram à eles por necessidade, PROTEGERAM amanifestação do dia 21 da polícia assassina. Esta manifestação era amais incendiária, A MASSIVA, a de todo o mundo. Graças àsbarricadas construídas, não ocorreram mais desastres provocadospela polícia. Ali sim havia gente de TODOS os tipos. Certo momento, apolícia conseguiu romper a manifestação. Sem motivo, semjustificativa, senão buscando provocar violência e distúrbios. Na zonavermelha começou o pânico. Gente de todas as idades era "gaseada"pelos brutais agentes da "ordem" desumana. Então, as barricadascomeçaram a ser erguidas, e o pessoal do Black Bloc conseguiramseparar a polícia da manifestação, e, com isso, esta seguiutranquilamente, enquanto o inimigo era bloqueado. Isto IMPEDIU quehouvessem mais mortos, detidos ou torturados. Podia se ver que a polícia ficou enfurecida pela sua incapacidade dearrebentar violentamente manifestação-mor, e se vingaram com osassaltos ao indymedia center e ao centro médico, no Sábado à noite.Ação covarde de seres que mostram ser INFRAhumanos. Destruíramo material de imprensa, bateram e prenderam vários jornalistas e logoforam ao centro médico, e durante horas se dedicaram a perseguir e aespancar brutalmente as pessoas que ali se encontravam. Comcacetetes, e paus com pregos, que causaram lesões cerebrais epulmões perfurados. Houve pessoas que acordaram com a cabeçaaberta, porque estes animais sem nome chamados policiaisespancaram as pessoas que dormiam na cabeça.


Depois de tudo isto não entendo como podem continuar com odiscurso de criminalizar e estigmatizar o Black Bloc, e de dar a falsaimpressão de que somos "facções distintas". Não é assim. Somoscompanheiros com distintos métodos de luta. Mas que fique BEMCLARO que a violência sistemática e estrutural vêm dos Estados, dasmultinacionais, e da polícia. Numa proporção de 1 milhão pra um coma suposta "violência" do Black Bloc. Pela madrugada... não é digno decomparação quebrar uma vitrine com assassinar sistematicamente adezenas de milhares de pessoas todos os dias... por favor! Emqualquer caso de "violência" por parte dos manifestantes, ativistas, etc,uma clara tentativa de reação é evidente. Seja de reação imediata antea agressão da polícia criminosa, ou à agressões anteriores, comodespejos, precariedade laboral, discriminação, etc. São demasiado simples os argumentos de "bons e maus". E que fiqueclaro que em todo caso os maus são os poderosos deste mundo, osbastardos que irrigam com sangue da humanidade cada uma dasrefeições que fazem ou cada uma das taças de vinho que bebem... Não podemos parar em idiotices como : "quebrou uma vitrine... mau,mau,mau." O mal vem da outra parte. O capitalismo é o mal. Adestruição dos povos é o mal. O sofrimento de milhares de pessoas écausada pelo mal. A exploração das pessoas é causada pelo mal. Olucro com as guerras, a restrição de medicamentos, a exclusão social,etc. Isto é o mal e não jogar pedras em algumas vitrines. Vamos todos acolocar-nos em marcha para acabar com estes desgraçados antesque eles acabem conosco! E aliás com o maior número de pessoaspossível... a humanidade vai morrer se não conseguimos nos opor ao seu atual megapoder...FIN
Tradução: Martin La Battaglia Coletivo Tranka Ruas ******** The A-Infos News Service News about and of interest to anarchists ******** COMMANDS: lists@ainfos.ca REPLIES: a-infos-d@ainfos.ca HELP: a-infos-org@ainfos.ca WWW: http://www.ainfos.ca/ INFO: http://www.ainfos.ca/org

Grupo Black Bloc faz video para invadir o sinal da rede Globo de televisão


Black Bloc - Introdução


domingo, 15 de setembro de 2013

Osvaldo Reis (Pequetito) - Encerramento do Resenha do Galo


Sportv News faz homenagem para a conquista do Atlético MG na Libertadores


Crônica - Atlético Mineiro Campeão da Libertadores 2013


Atleticano Fred Melo Paiva no Programa do Jo


Lista sem título (playlist)


ANTONIO GRAMSCI os dias do cárcere Riccardo Cucciolla Um filme de Lino D...


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GERALDO MAGELA CEGUINHO e as perguntas engraçadas


ACORDA PASCHOAL PARTE 1


EM OFF com Totonho


EM OFF com Mário Henrique Caixa


Lista sem título (playlist)


Budismo saiba como realizar a sua REVOLUÇÃO HUMANA - BSGI


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Princípios do Direito Penal - Aula Grátis para Concursos Públicos e OAB


Gianpaolo Poggio Smanio - Aplicação da lei penal no tempo


Aula 58 - Direito Penal - Rogério Sanches parte 1


Direito Penal - Parte Geral --- Vídeo-Aula para Concursos Públicos


Poder Constituinte aula 1 parte 4


Poder Constituinte aula 1 parte 4


Alexandre de Moraes - Poder Constituinte Originário


Alexandre de Moraes - Poder Constituinte Derivado ou Reformador


domingo, 8 de setembro de 2013

Professor vagabundo que faz greve deveria ser demitido


Professor vagabundo que faz greve deveria ser demitido
 

Leonardo Sakamoto
 
“Vagabundo que faz greve deveria ser demitido.” Algumas poucas vezes me dou o direito de atualizar e republicar certos textos deste blog. Hoje é o caso. Pois, ouvi no trem, uma senhora reclamando destemperadamente com uma amiga dos professores da rede municipal em São Paulo, que estão em greve desde o dia 03 – da mesma forma que doutos senhores espezinhavam a greve de professores das universidades federais, tomando cafezinho nos Jardins, tempos atrás. Pedem 17% de recomposição inflacionária dos últimos três anos. A prefeitura oferece 10,19% agora e mais 13,43% em 2014. Mas os sindicatos alertam que esses valores seriam relativos a outros acordos firmados em anos anteriores para incorporação de abonos.

Contudo, mais do que discutir se o salário dos professores será suficiente para pagar uma esfiha ou um kibe no Habib’s, o que me interessa neste texto é a forma com a qual vemos suas reivindicações e as descolamos da melhoria da educação como um todo.

Quando escrevi pela primeira vez sobre isso vivíamos a greves dos mestres das universidades federais. E, é claro, essa frase nunca vem sozinha: passeata que atrapalha o trânsito? Cacete neles! Protesto em praça pública? Cacete neles! Onde já se viu? Essas pessoas têm que saber seu lugar.
Sindicatos não são perfeitos, longe disso. Assim como ocorre em outras instituições, possuem atores que resolvem voltar-se para os próprios umbigos e tornar a busca pelo poder e sua manutenção de privilégio mais importante que os objetivos para os quais foram eleitos. Ou seja, tá cheio de sindicalista pelego ou picareta, da mesma forma que empresário corrupto e sonegador. Contudo, graças à organização e pressão dos trabalhadores, importantes conquistas foram obtidas para civilizar minimamente as regras do jogo – não trabalhar até a exaustão, descansar de forma remunerada, ter salários (menos in)justos, garantir proteção contra a exploração infantil. Direitos estes que, mesmo incompletos, são chamados por alguns empregadores de “gargalos do crescimento”.

É esquizofrênico reclamar que não há no Brasil quantidade suficiente de força de trabalho devidamente preparada para fazer frente às necessidades de inovação e produtividade e, ao mesmo tempo, chutar feito caixa de giz vazia as reivindicações de professores por melhores condições e remuneração. Como acham que o processo de formação ocorre? Por osmose? Cissipartição? Geração espontânea a partir dos argumentos fedidos desse povo?

Incrível como muitos colegas, ao tratarem sobre greve de professores, chamam sempre as mesmas fontes de informação que dizem, sempre, as mesmas coisas: é hora de apertar os cintos, os grevistas só pensam neles, a economia não aguenta, bando de vagabundos, já para a senzala sem jantar, enfim. Não existe imparcialidade jornalística. Qualquer estudante de jornalismo aprende isso nas primeiras aulas. Quando você escolhe um entrevistado e não outro está fazendo uma opção, racional ou não, por isso a importância de ouvir a maior diversidade de fontes possível sobre determinado tema. Fazer uma análise ou uma crítica tomando partido não é o problema, desde que não se engane o leitor, fazendo-o acreditar que aquilo é a única intepretação possível da realidade.

Infelizmente, muitos veículos ou jornalistas que se dizem imparciais, optam sistematicamente por determinadas fontes, sabendo como será a análise de determinado fato. Parece até que procuram o especialista para que legitime um ponto de vista. Ou têm preguiça de ir além e fugir da agenda da redação, refrescando suas matérias com análises diferentes. Ou alguém acha que é aleatório escolherem sistematicamente o professor José Pastore para analisar direitos trabalhistas?
Apoio os professores. Apoio os metalúrgicos de fábricas de automóveis. Apoio os controladores de vôo. Apoio os cobradores e motoristas de ônibus. Apoio os bancários. Apoio os garis. Apoio os residentes médicos. Apoio o santo direito de se conscientizarem, reconhecerem-se nos problemas, dizer não e entrar em greve até que a sociedade pressione e os patrões escutem. Mesmo que a manifestação deles torne minha vida um absurdo.

O Brasil está conseguindo universalizar o seu ensino fundamental, mas isso não está vindo acompanhado de um aumento significativo na qualidade da educação. Mesmo que os dados para a evolução dos primeiros anos de estudo estejam além do que o governo esperava no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), grande parte dos jovens de escolas públicas têm entrado no ensino médio sabendo apenas ordenar e reconhecer letras, mas não redigir e interpretar textos. Enquanto isso, o magistério no Brasil continua sendo tratado como profissão de segunda categoria.

Uma educação de baixa qualidade, insuficiente às características de cada lugar, que passa longe das demandas profissionalizantes e com professores mal tratados pode mudar a vida de um povo?
Por fim, estou farto daquele papinho do self-made man cansativo de que os professores e os alunos podem conseguir vencer, com esforço individual, apesar de toda adversidade, “ser alguém na vida”. Aí surgem as histórias do tipo “Joãozinho comia biscoitos de esterco com insetos e vendia ossos de zebu para sobreviver. Mas não ficou esperando o Estado, nem seus professores lhe ajudarem e, por conta, própria, lutou, lutou, lutou (às vezes, contando com a ajuda de um mecenas da iniciativa privada), andando 73,5 quilômetros todos os dias para pegar o ônibus da escola e usando folhas de bananeira como caderno. Hoje é presidente de uma multinacional”. Passando uma mensagem “se não consegue ser como Joãozinho e vencer por conta própria sem depender de uma escola de qualidade e de um bom professor, você é um verme nojento que merece nosso desprezo”. Afe. Daí para tornar as instituições públicas de ensino e a figura do próprio professor cada vez mais acessórias é um passo.
Educação é a saída, mas qual educação? Aquela defendida pelo pessoal do “Amigos do Joãozinho”? Educar por educar, passar dados e técnicas, sem conscientizar o futuro trabalhador e cidadão do papel que ele pode vir a desempenhar na sociedade, é o mesmo que mostrar a uma engrenagem o seu lugar na máquina e ponto final. Uma das principais funções da escola deveria ser produzir pessoas pensantes e contestadoras que podem colocar em risco a própria estrutura política e econômica montada para que tudo funcione do jeito em que está. Educar pode significar libertar ou enquadrar. Que tipo de educação estamos oferecendo? Que tipo de educação precisamos ter? Para essa tarefa, professores bem formados e remunerados são fundamentais.

Em algumas sociedades, pessoas assim, que protestam, discutem, debatem, discordam, mudam são úteis para fazer um país crescer. Por aqui, são vistas com desconfiança e chamadas de mal-educadas e vagabundas. Ironia? Não, Brasil.

Aproveitando o gancho, há algum tempo aves funestras passam voando por redacões de veículos de comunicação demitindo sem dó.

Mudanças acontecem e a nova geração que, hoje, pega uma revista e, com dois dedinhos, tenta ampliar uma foto como uma tela sensível ou que não entende porque a TV da sala não responde aos seus toques terá um relação diferente com o papel que temos hoje. Jornais vão morrer no meio dessa transição. Outros migrarão para a internet. Veículos novos vão surgir, pensados para plataformas digitais, multimídias, interativas. Quem não se adaptar e não se planejar para essa virada, vai comer capim pela raiz mais cedo. Contudo, temos uma forte produção jornalística em formato de empresa tradicional e, durante muito tempo, ainda teremos. Talvez essa parte nunca mude, garantindo as coisas boas e ruins dessas estruturas. O fato é que isso está sustentado em uma relação capital/trabalho, ou melhor dizendo, patrão/empregado. Sim, colegas jornalistas, apesar de muitos de nós pensarem que não, nós somos operários da notícia. É difícil ouvir isso, mas é a realidade.
De tempos em tempos, somos surpreendidos com notícias de demissões coletivas em veículos de comunicação. Motivos são vários: garantir a sobrevivência do veículo, aumentar a margem de lucro, gerar capacidade de investimento em outros produtos da empresa. Há ainda os casos em que um jornal fecha as portas e boa parte das pessoas simplesmente vai para a rua por má gestão e erros na condução da publicação. Razões podem existir para o encerramento das atividades de um veículo ou a diminuição de sua força de trabalho. Mas o que não entra pela minha cabeça é que isso seja encarado tão bovinamente por todos nós.

E que algumas empresas que defendem a democracia e o diálogo como processo de construção de uma sociedade melhor, ignorem isso quando se trata delas próprias. É um negócio e pertence a alguém? Claro! Mas cresceu graças ao suor de trabalhadores, que deveriam ser consultados e chamados a compartilhar decisões. Quando demissões coletivas ou fechamentos de fábricas acontecem em linhas de montagem de veículos, metalúrgicos mobilizam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, informam a população, além de cruzarem os braços até que uma solução seja encontrada para reverter o corte de vagas ou, pelo menos, criar compensações à altura. Professores vão para as ruas. Nós, não. Vemos colegas irem embora e não fazemos nada. Ou melhor, ficamos com medo de sermos os próximos e choramos sozinhos no banheiro.

Isso não é texto novo. Como já disse, nós, jornalistas, muitas vezes não nos reconhecemos como classe trabalhadora. Devido às peculiaridades da profissão, desenvolvemos laços com o poder e convivemos em seus espaços sociais e culturais, seduzidos por ele ou enganados por nós mesmos. Só percebemos que essa situação não é real e que também somos operários, transformando fato em notícia, quando nossos serviços não são mais necessários em determinado lugar.

Alguns colegas vão repetir: japa, mas essas mudanças são boas. Agora, os jornalistas vão poder trabalhar por conta própria e criar seus próprios veículos na internet. Como se um grupo de pessoas que, durante toda a vida, trabalhou em uma estrutura empresarial possa, de uma hora para outra, tornar-se um empreendedor de sucesso. Tendo família para sustentar, contas a pagar e sem a disposição de tentar do zero e dar com a cara no muro. Financiamento coletivo, patrocínio cruzado, enfim, há quem lide com isso de forma mais fácil. Mas lembrem-se que a maioria não foi programada para isso. Por isso, temos o chamado “Milagre da Multiplicacão dos Frilas”, que eram assalariados e tornaram-se “chefes de si mesmos”. Alguns são felizes por não terem férias remuneradas. Outros, não.

Talvez o futuro seja um misto de tudo isso, emprego CLT, frilas, empreendedores individuais ou coletivos, pessoas produzindo conteúdo em redes, ONGs, enfim. Mas, hoje, o que me preocupa são os viventes e suas contas a pagar.

O que estou pedindo? Jornalistas do mundo, uni-vos? Que tamancos sejam jogados nas prensas dos jornais? Nem… isso seria muito brega. Ou melhor, kitsch – tenho horror a kitch. O que gostaria de lembrar é que as coisas vão mudar cada vez mais rápido. E temos duas opções: encarar isso sozinhos ou juntos.

Um bom exercício seria tentar entender e relatar as greves de professores como algo que faz parte das necessárias disputas sociais e econômicas e não tema para página policial. O próximo pode ser você, caro jornalista com salário de coxinha e emprego de palha.

É que a televisão me deixou burro, muito burro, demais


É que a televisão me deixou burro, muito burro, demais
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Leonardo Sakamoto




Resolvi aperfeiçoar um roteiro, postado por aqui anteriormente, com coisas que andei vendo na TV nos últimos dias. Acho que agora está digno.
Cena de fazenda ocupada por indígenas. Zoom na latinha de cerveja. Câmera abre até mostrar indígenas sentados em roda, rindo de algo. Locução do repórter cobrindo as imagens:
- Eles estão festejando a invasão de trocentos mil hectares de terra. Terra que, até então, era produtiva.
Close em um deles, no que fala errado. Desfocar as crianças indígenas com cara de pobres ao fundo. Foco na falta de dentes do entrevistado. Se estiverem sujos, melhor. 
- Estamos esperando o governo nos atender, né?
Observação: Editar e jogar fora a parte do “Os pais dos pais dos meus pais costumavam viver nessa terra. Hoje, minha família vive de favor em outro terreno com outras famílias, né? Muita gente, não cabe, não dá para plantar, né?”
Passagem para o laboratório da empresa dona da fazenda. Close na lágrima do cientista3, que perdeu parte da pesquisa com a ocupação na plantação dos eucaliptos:
- Isso era a minha vida.
Subir som, resgatando versão de Milton Nascimento de “Coração de Estudante”, cantada no funeral de Tancredo Neves.
Cortar a entrevista com a liderança que fala bonito – “Na verdade, a tribo indígena pede há 30 anos que os títulos sobre a área, uma reserva já demarcada em
 1937, sejam anulados. Não estamos pedindo nova demarcação, apenas que se cumpra o que já foi decidido no passado”.
Observação: Se entrar essa declaração, a matéria sobe para o bloco de política e o diretor disse que é para ficar logo depois dos homicídios e assassinatos da madrugada, em cotidiano.
Cortar as imagens de crianças indígenas passando fome, refestelando-se com jaca velha. O chefe disse que nosso telespectador não quer ver jaca velha enquanto está jantando.
Passagem para a prefeitura do município. Prefeito:
- O medo é grande nas cidades por causa da ação dos nativos.
Repórter:
- E o prefeito denuncia.
Prefeito:
- As ONGs internacionais e o MST é que arregimentaram todo esse povo nas favelas de Salvador para levar nossas terras. Eles não são nem índios. Eles parecem índios para você?”
Entra um “povo fala”. Colocar uma idosa senhora:
- Tenho medo de vandalismo.
Um comerciante:
- Eles são contra o progresso, não querem ver geração de empregos.
Um policial:
- Normalmente, há muitas reclamações de alcoolismo com eles.
E um estudante . Encontrar o que tiver mais cara de hippie e falar para o próprio umbigo:
- Mas os indígenas têm direito a essas territórios por serem delas autóctones e nelas realizarem seus rituais e a efetivação simbólica de sua relação com o universo. Ou seja, há um princípio cosmológico presente nessa interação ser vivo e local que não pode ser negada pelo capitalismo.
Corta para o repórter na entrada da fazenda.
- A paralisação das atividades de produção de madeira na última semana fizeram o Brasil perder R$ 872 milhões em exportações.
Mostrar gráfico com dados da associação dos proprietários de fazendas ocupadas por populações tradicionais e trabalhadores rurais.
Repórter completa:
- E, entre os invasores, há procurados pela polícia, como o cacique Escambau, foragido há anos.
Volta para o estúdio, onde o apresentador faz beicinho de indignação, balançando a cabeça, antes de abrir um sorriso e chamar a matéria da preparação para a Copa do Mundo. Segue para repórter em frente ao Itaquerão:
- Estamos aqui com o coordenador do núcleo de coreografia da abertura da Copa que vai dizer como o Brasil irá receber atletas de países dos cinco continentes.
Corta para o coreógrafo:
- A pedido do governo, os indígenas serão os personagens principais. O tema será “Apogeu e Glória de Tupã-Deus-Sol, Solidariedade e Luz” e mostrará todo o esplendor dos primeiros moradores desta terra. Usaremos muitas plumas. Sintéticas, é claro! Afinal de contas, temos que ser exemplos em sustentabilidade.
Ao fundo, moças e rapazes brancos, muito brancos, mostram trechos da coreografia. Dançando, dançando, dançando…

50 filmes para conhecer criticamente a História

Em produções memoráveis, cinema focou grandes conflitos sociais e humanos e como resultaram ou em libertação, ou em tragédia
Por Guilherme Antunes, em Cinetoscópio
Olá galera, preparei uma lista com alguns filmes para quem adora História. Um filme quando vai abordar algum contexto histórico ele utiliza recursos pedagógicos para uma maior aproximação, entretanto, é válido lembar das vinculações ideológicas em determinadas obras. Por vezes, um filme tem mais a dizer sobre o momento em que foi produzido do que a época que pretende retratar. Confira:
1 - Tempos Modernos (1939) – Direção: Charlie Chaplin
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado.
1
2 - Z (1969) – Direção: Costa-Gavras
Conheça o caso Lambrakis, onde a morte de um político foi encoberta vergonhosamente por políticos e policiais, na Grécia dos anos 60. Vencedor dos Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Edição, foi o primeiro filme a ser indicado também na categoria Melhor Filme.
2
3 - Dawson, Ilha 10 (2009) – Direção: Miguel Littin
Dawson, Ilha 10, aborda o golpe militar que em 1973 derrubou o governo democrático de Salvador Allende e vitimou milhares de chilenos, dando início a uma das mais longas e sangrentas ditaduras da América Latina. O filme mostra o sofrimento de ministros do governo Allende que foram aprisionados em uma ilha gelada, de clima antártico, onde funcionou um campo de concentração projetado pelo criminoso nazista Walter Rauff, então refugiado no Chile.
3
4 - Ivan, o Terrível – Parte I (1944) – Direção: Sergei M. Eisenstein
Em 1547, Ivan IV (1530-1584), arquiduque de Moscou, se auto-proclama o Czar de Rússia e se prepara para retomar territórios russos perdidos. Superando uma série de dificuldades e intrigas, Ivan consegue manipular as pessoas destramente e consolidar seu poder.
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5 – Alexander Nevsky (1938) – Direção: Sergei M. Eisenstein
Na Rússia do século 13, invadida por estrangeiros, o príncipe Alexander Nevsky arregimenta a população para formar um exército e conter a invasão de cavaleiros teutônicos. Baseado em fatos históricos.
CA.0525.alexander.nevsky.
6 – Em Nome do Pai (1993) – Direção: Jim Sheridan
Em 1974, um atentado a bomba produzido pelo IRA (Exército Republicano Irlandês) mata cinco pessoas num pub de Guilford, arredores de Londres. O filme conta a história real do jovem rebelde irlandês Gerry Conlon, que junto de três amigos, é injustamente preso e condenado pelo crime. Giuseppe Conlon, pai de Gerry, tenta ajudá-lo e também é condenado, mas pede ajuda à advogada Gareth Peirce, que investiga as irregularidades do caso.
6
7 - Doutor Jivago (1965) – Direção: David Lean
O filme conta sobre os anos que antecederam, durante e após a Revolução Russa pela ótica de Yuri Zhivago (Omar Sharif), um médico e poeta. Enquanto Strelnikoff representa o “mal”, Yevgraf representa o “bom” elemento da Revolução Bolchevique.
Doctor Zhivago movie image
8 – No (2012) – Direção: Pablo Larraín
História do plebiscito que, em 1988, pôs fim a uma ditadura de 15 anos imposta por Augusto Pinochet. No conta a história de René Saavedra (Gael Garcia Bernal), um exilado que volta ao chile e vai trabalhar como publicitário a serviço da campanha “Não”, que tem como objetivo influenciar o eleitorado a votar contra a permanência de Augusto Pinochet no poder durante um referendo, feito sob pressão internacional, pelo próprio ditador.
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9 – A Onda (2008) – Direção: Dennis Gansel
Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. Baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967.
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10 - Amém (2002) – Direção: Costa-Gavras
Kurt Gerstein (Ulrich Tukur) é um oficial do Terceiro Reich que trabalhou na elaboração do Zyklon B, gás mortífero originalmente desenvolvido para a matança de animais mas usado para exterminar milhares de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Gerstein se revolta com o que testemunha e tenta informar os aliados sobre as atrocidades nos campos de concentração. Católico, busca chamar a atenção do Vaticano, mas suas denúncias são ignoradas pelo alto clero. Apenas um jovem jesuíta lhe dá ouvidos e o ajuda a organizar uma campanha para que o Papa (Marcel Iures) quebre o silêncio e se manifeste contra as violências ocorridas em nome de uma suposta supremacia racial.
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11 - O Encouraçado Potemkin (1925) – Direção: Sergei M. Eisenstein
Em 1905, na Rússia czarista, aconteceu um levante que pressagiou a Revolução de 1917. Tudo começou no navio de guerra Potemkin, quando os marinheiros estavam cansados de serem maltratados, sendo que até carne estragada lhes era dada, com o médico de bordo insistindo que ela era perfeitamente comestível. Alguns marinheiros se recusam a comer esta carne, então os oficiais do navio ordenam a execução deles.
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12 - A Paixão de Joana D’Arc (1928) – Direção: Carl Theodor Dreyer
França, século XV, Joana de Domrémy, filha do povo, resiste bravamente a ocupação de seu país. É presa, humilhada, torturada e interrogada de maneira impiedosa por um tribunal eclesiástico, que a levou, involuntariamente, a blasfemar.
É colocada na fogueira e morre por Deus e pela França.
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13 - Persépolis (2007) – Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud
Marjane Satrapi (Gabrielle Lopes) é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal.
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14 –  Adeus, Lenin! (2003) – Direção: Wolfgang Becker
Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos.
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15 - O Nome da Rosa (1986) – Direção: Jean-Jacques Annaud
Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio.
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16 – Lawrence da Arábia (1962) – Direção: David Lean
Em 1916, em plena I Guerra Mundial, o jovem tenente do exército britânico estacionado no Cairo pede transferência para a península arábica, onde vem a ser oficial de ligação entre os rebeldes árabes e o exercito britânico, aliados contra os turcos, que desejavam anexar ao seu Império Otomano a península arábica. Lawrence, admirador confesso do deserto e do estilo de vida beduíno, oferece-se para ajudar os árabes a se libertarem dos turcos.
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17 – Glória Feita de Sangue (1957) – Direção: Stanley Kubrick
Em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, Mireau (George Meeker), um general francês, ordena um ataque suicida e como nem todos os seus soldados puderam se lançar ao ataque ele exige que sua artilharia ataque as próprias trincheiras. Mas não é obedecido neste pedido absurdo, então resolve pedir o julgamento e a execução de todo o regimento por se comportar covardemente no campo de batalha e assim justificar o fracasso de sua estratégia militar.
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18 - O Último Rei da Escócia (2006) – Direção: Kevin Macdonald
O filme mostra os acontecimentos reais na Uganda durante os anos 70, quando o ditador Idi Amin (Forest Whitaker, ganhador do Globo de Ouro e indicado ao Oscar por este papel) exercia seu poder. A história é narrada por meio do ponto de vista de seu médico pessoal.
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19 - Valsa com Bashir (2009) – Direção: Ari Folman
Numa noite num bar, um homem conta ao velho amigo Ari sobre um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães alucinados. Toda noite é o mesmo número de bestas. Ambos concluem que o pesadelo tem a ver com a missão deles no exército israelense contra o Líbano, décadas atrás. Ari, no entanto, fica surpreso ao perceber que não consegue mais se lembrar de nada sobre aquele período da sua vida. Intrigado com o enígma, Ari decide se encontrar e entrevistar velhos camaradas pelo mundo. Ele tem necessidade de descobrir toda a verdade sobre aquele tempo e sobre si mesmo. E quanto mais ele se aprofunda no mistério, mais suas lembranças se tornam aterrorizantes e surreais.
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20 - A Queda – As Últimas Horas de Hitler (2004) – Direção: Oliver Hirschbiegel
Traudl Junge (Alexandra Maria Lara) trabalhava como secretária de Adolf Hitler (Bruno Ganz) durante a 2ª Guerra Mundial. Ela narra os últimos dias do líder alemão, que estava confinado em um quarto de segurança máxima.
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21 - A Culpa é do Fidel! (2006) – Direção: Julie Gavras
Anna de la Mesa (Nina Kervel-Bey) tem 9 anos, mora em Paris e leva uma vida regrada e tranqüila, dividida entre a  escola católica e o entorno familiar. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família. Ao voltar de uma viagem ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, os pais de Anna estão diferentes e a vida familiar muda por completo: engajamento político, mudança para um apartamento menor, trocas constantes de babás, visitas inesperadas de amigos estranhos e barbudos. Assustada com essa nova realidade, Anna resiste à sua maneira. Aos poucos, porém, realiza uma nova compreensão do mundo.
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22 - A Infância de Ivan (1962) – Direção: Andrei Tarkovsky
Durante a segunda Grade Guerra, os russos tentavam combater a investida nazista em seu território. Nas frentes soviéticas, Ivan, um garoto órfão de 12 anos, trabalha como um espião, podendo atravessar as fronteiras alemãs para coletar informação sem ser visto, e vive sob os cuidados de três oficiais russos. Mas, após inumeras missões, e com um desgaste físico cada vez maior, os oficiais resolvem poupar Ivan, mandando-o para a escola militar. Ganhador do Leão de Ouro em Veneza.
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23 – O Que é Isso, Companheiro? (1997) – Direção: Bruno Barreto
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para sequestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.
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24 – Narradores de Javé (2003) – Direção: Eliane Caffé
Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.
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25 – A Guerra do Fogo (1981) – Direção: Jean-Jacques Annaud
A reconstituição da pré-história, tendo como eixo a descoberta do fogo. A saga de uma tribo e seu líder, Naoh, que tenta recuperar o precioso fogo recém-descoberto e já roubado. Através dos pântanos e da neve, Naoh, encontra três outras tribos, cada uma em um estágio diferente de evolução, caminhando para a atual civilização em que vivemos.
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26 - A Missão (1986) – Direção: Roland Joffé
No final do século XVIII Mendoza (Robert De Niro), um mercador de escravos, fica com crise de consciência por ter matado Felipe (Aidan Quinn), seu irmão, num duelo, pois Felipe se envolveu com Carlotta (Cherie Lunghi). Ela havia se apaixonado por Felipe e Mendoza não aceitou isto, pois ela tinha um relacionamento com ele. Para tentar se penitenciar Mendoza se torna um padre e se une a Gabriel (Jeremy Irons), um jesuíta bem intencionado que luta para defender os índios, mas se depara com interesses econômicos.
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27 - Danton – O Processo da Revolução (1983) – Direção: Andrzej Wajda
Na primavera de 1794, Danton (Gérard Depardieu) retorna a Paris e constata que o Comitê de Segurança, sob a incitação de Robespierre (Wojciech Pszoniak), inicia várias execuções em massa. O povo, que já passava fome, agora vive um medo constante, pois qualquer coisa que desagrade o poder é considerado um ato contra-revolucionário. Nem mesmo Danton, um dos líderes da Revolução Francesa, deixa de ser acusado.
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28 - A Rainha Margot (1994) – Direção: Patrice Chéreau
No século XVI um casamento de conveniência é celebrado com o intuito de manter a paz. A união entre a católica Marguerite de Valois, a rainha Margot (Isabelle Adjani), e o nobre protestante Henri de Navarre (Daniel Auteuil) tinha como meta unir duas tendências religiosas. O objetivo do casamento foi tão político que os noivos não são obrigados a dormirem juntos. As intrigas palacianas vão culminar com a Noite de São Bartolomeu, na qual milhares de protestantes foram mortos. Após isto Margot acaba se envolvendo com um protestante que está sendo perseguido.
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29 – Tiros em Ruanda (2005) – Direção: Michael Caton-Jones
Ruanda. Durante 30 anos, o governo de maioria Hutu perseguiu a minoria Tutsi. Pressionado pelo ocidente, o governo aceitou dividir o poder com os Tutsis, mesmo contra a vontade. Porém em 6 de abril de 1994 tem início um genocídio, que mata quase um milhão de pessoas em apenas 100 dias. Neste contexto um padre inglês e seu ajudante tentam fazer o que podem para ajudar a minoria Tutsi, mesmo tendo a opção de partirem para a Europa.
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30 – Roma, Cidade Aberta (1945) – Direção: Roberto Rossellini
Roma, 1944. Um dos líderes da Resistência, Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), é procurado pelo nazistas. Giorgio planeja entregar um milhão de liras para seus compatriotas. Ele se esconde no apartamento de Francesco (Francesco Grandjacquet) e pede ajuda à noiva de Francesco, Pina (Anna Magnani), que está grávida. Giorgio planeja deixar um padre católico, Don Pietro (Aldo Fabrizi), fazer a entrega do dinheiro. Quando o prédio é cercado, Francesco é preso pelos alemães e levado para um caminhão.
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31 - Julgamento em Nuremberg (1961) – Direção: Stanley Kramer
Após a 2ª Guerra Mundial um juiz americano é convocado para chefiar o julgamento de quatro juristas alemães responsáveis pela legalização dos crimes cometidos pelos nazistas durante a guerra. Dirigido por Stanley Kramer (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) e com Spencer Tracy, Burt Lancaster, Marlene Dietrich, Maximilian Schell, Judy Garland, Montgomery Clift e William Shatner no elenco. Vencedor de 2 Oscars.
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32 - Diários de Motocicleta (2004) – Direção: Walter Salles
Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicina que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). Porém, quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.
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33 - Platoon (1986) – Direção: Oliver Stone
Chris (Charlie Sheen) é um jovem recruta recém-chegado a um batalhão americano, em meio à Guerra do Vietnã. Idealista, Chris foi um voluntário para lutar na guerra pois acredita que deve defender seu país, assim como fez seu avô e seu pai em guerras anteriores. Mas aos poucos, com a convivência dos demais recrutas e dos oficiais que o cercam, ele vai perdendo sua inocência e passa a experimentar de perto toda a violência e loucura de uma carnificina sem sentido.
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34 – Sangue Negro (2007) – Direção: Paul Thomas Anderson
Virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia. Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de minas de prata derrotado, que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste onde um mar de petróleo está transbordando do solo.
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35 - A Língua das Mariposas (1999) – Direção: José Luis Cuerda
O mundo do pequeno Moncho estava se transformando: começando na escola, vivia em tempo de fazer amigos e descobrir novas coisas, até o início da Guerra Civil Espanhola, quando ele reconhecerá a dura realidade de seu país. Rebeldes fascistas abrem fogo contra o regime republicano e o povo se divide. O pai e o professor do menino são republicanos, mas os rebeldes ganham força, virando a vida do garoto de pernas para o ar.
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36 - O Leopardo (1963) – Direção: Luchino Visconti
Sicília, durante o período do “Risorgimento”, o conturbado processo de unificação italiana. O príncipe Don Fabrizio Salina (Burt Lancaster) testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia, lutando para manter seus valores em meio a fortes contradições políticas.
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37 - Napoleão (1927) – Direção: Abel Gance
Pelas suas modernas técnicas narrativas e de filmagem, o filme de Abel Gance é considerado um dos mais memoráveis filmes mudos da história. Mostrando desde a infância de Napoleão até a invasão da Itália pelo exercito francês em 1797, a cinebiografia seria a primeira de uma série de seis filmes, que não chegaram a ser realizados.
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38 - Apocalypse Now (1979) – Direção: Francis Ford Coppola
39 - Katyn (2007) – Direção: Andrzej Wajda
40 - O Barco, Inferno no Mar (1981) – Direção: Wolfgang Petersen
41 - A Ponte do Rio Kwai (1957) – Direção: David Lean
42 - O Franco Atirador (1978) – Direção: Michael Cimino
43 - Malcolm X (1992) – Direção: Spike Lee
44 – Outubro (1928) – Direção: Sergei M. Eisenstein
45 - Kagemusha (1980) – Direção: Akira Kurosawa
46 – El Cid (1961) – Direção: Anthony Mann
47 - 1900 (1976) – Direção: Bernardo Bertolucci
48 - Vá e Veja (1985) – Direção: Elem Klimov
49 - A Batalha de Argel (1966) – Direção: Gillo Pontecorvo
50 - Quando Voam as Cegonhas (1957) – Direção: Mikhail Kalatozov

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mascarados do Rio: diagnóstico perspicaz, solução controversa


 

Análise do PeD publicada na edição impressa da Folha de hoje (3/9/13) a respeito do projeto que visa proibir o uso de máscaras em manifestações no Rio:

"Diagnóstico do problema é perspicaz, mas a solução é bastante controversa
Enquanto o uso do anonimato como meio de debate em democracias é quase sempre uma arma de covardes, ele é muitas vezes o último escudo de defesa daqueles que lutam contra ditaduras.
Nestas, ao refugiar-se no anonimato, o mensageiro força o foco no conteúdo da mensagem, e evita seu assassinato moral e, às vezes, real.
Não cabe aqui o debate sobre as imperfeições de nossa democracia. Do ponto de vista jurídico, nossa Constituição é clara: é garantida a liberdade de pensamento, mas vedado o anonimato.
O projeto de lei em debate na Assembleia Legislativa do Rio banindo as máscaras surge depois de meses de depredações por grupos mascarados. Segundo Paulo Melo, presidente da Alerj e responsável pelo projeto, a baderna afastou das ruas quem quer genuinamente protestar.
O argumento é que quando manifestantes usam máscaras, a polícia não consegue separar o joio do trigo, o que a impede de proteger pessoas e propriedade pública e privada. Enquanto o diagnóstico é perspicaz, a solução proposta é controversa.
Nos extremos, é subjetiva. Por exemplo, incluiria véus? Burcas? Quantas pessoas formam uma manifestação? Quando o ato torna-se público? E se a máscara for a mensagem do protesto em si? E o Carnaval, como fica?
Mas, para ficar em problemas imediatos: se a máscara em si for considerada uma forma de expressão, a Assembleia estará legislando contra uma norma da Constituição Federal.
Segundo, é a eliminação de um direito individual de todos como forma de resolver um problema causado por alguns. Pior: a eliminação desse direito é imposta para remediar a ineficiência do Estado em coibir e punir atos ilegais desses poucos.
Ademais, é a certeza da perda de um direito a favor da possibilidade da resolução de um problema. Não há garantia que criminosos deixarão de delinquir. Tampouco é certo que, identificados, a polícia os prenderá e a Justiça os punirá. Afinal, ainda que com mais dificuldade, já poderiam fazê-lo agora.
A única certeza é que o direito individual de todos não baderneiros já não existirá

Em casa

Saiu na coluna da Mônica Bérgamo na Folha de hoje (5/9/13):

Em casa


José Genoino pedirá prisão domiciliar caso sua detenção seja determinada nos próximos dias. Alegará problemas de saúde. Foi aconselhado ainda a pedir aposentadoria por invalidez, ideia até agora descartada.

Segundo nossa lei, uma das hipóteses para que o réu condenado cumpra a pena em sua residência (comumente chamada de prisão domiciliar) é a de ele estar acometido de doença grave. A matéria acima não diz qual doença o réu irá usar para solicitar a prisão domiciliar, mas não é qualquer doença que possibilita tal direito: ela precisa ser grave.

Doenças como câncer e tuberculose normalmente são consideradas suficientemente graves para dar direito à prisão domiciliar. Mas doenças mais corriqueiras, como gripe ou pressão alta, não são normalmente consideradas graves o suficientes. Há um certo grau de subjetividade em saber o que é suficientemente grave para permitir o cumprimento da pena na residência.

Mas não basta ter uma doença grave. Segundo o art. 117 da Lei de Execuções Penais, o condenado precisa estar cumprindo pena em regime aberto, o que dá a entender que não existe prisão domiciliar nos regimes semiaberto e fechado. Em teoria, quando o legislador criou a prisão domiciliar, o que ele fez foi apenas dar ao réu que já passava o dia fora e apenas voltava à casa de albergados a noite e nos fins de semana, o direito de ficar em casa.

Na prática, contudo, ela é estendida a réus que estão em regime semiaberto (caso do personagem da matéria acima) com base em argumentos que vão de que a lei não proíbe expressamente sua concessão em casos de regime semiaberto, ao de que é possível sua extensão a quem esteja em regime semiaberto mas que esteja cumprindo pena em regime aberto porque não havia vagas nas colônias agrícolas e industriais nas quais ele deveria cumprir o regime aberto.

Embora a lei pareça ser clara – apenas em regime aberto – diversas interpretações diferentes de várias magistrados ao longo dos últimos 30 anos, além de mudanças na própria legislação, acabaram criando uma situação de dupla subjetividade: em relação ao que o magistrado interpretará como doença grave, e como ele interpretará uma lei que, embora aparentemente clara, teve intepretações diversas por outros magistrados ao longo do últimos anos. Isso cria incerteza tanto para a sociedade como para o próprio réu, que não sabe exatamente quais são seus direitos.

No caso do mensalão, tanto defesa quanto Ministério Público têm um incentivo extra para tentar usar todos os argumentos possíveis porque, como se viu nos últimos meses, se mesmo aquilo que parecia pacífico na doutrina e jurisprudência de outras cortes e do próprio STF foi às vezes reinterpretado de maneira diferente pelo Supremo, pedidos relacionados a pontos juridicamente controverso possuem boas chances de serem acatados pela corte.

Para além da turbulência



 

Para além da turbulência

A conjuntura e da agenda de longo prazo, a presença desta fortalece a eficácia da primeira inda que sejam distintos os horizontes da gestão da
 

Otaviano Canuto
 
Cabe distinguir dois horizontes temporais para a política econômica no futuro próximo.
De um lado, o desafio conjuntural de gerenciar a desvalorização real da taxa de câmbio em curso, de maneira a minimizar seu impacto inflacionário e a recompor a capacidade competitiva em vários segmentos do aparelho produtivo.
De outro, mirando além da atual turbulência, a necessidade de trilhar o caminho de revitalização do crescimento potencial brasileiro. Gostaria de aludir aqui a três esforços possíveis para esse redirecionamento de rota.
Antes de tudo, há a necessidade de elevar a taxa de investimentos no PIB, algo já devidamente reconhecido pelo governo.
O bom desempenho macroeconômico pré-2008, com inclusão social, ocorreu sem que aquela taxa superasse a marca de 20%. A política anticíclica, adotada em resposta ao quase colapso da economia global, possibilitou a expansão exuberante do PIB em 2010.
No entanto, parece estar esgotado o espaço então remanescente para os aumentos do crédito pessoal e dos salários reais acima da produtividade. A formação bruta de capital fixo, depois de atingir um pico em 2011, encolheu por quatro trimestres consecutivos.
O fato de a capacidade instalada da indústria manufatureira ter, em vários momentos, atingido limites, apesar do baixo ritmo de expansão da produção, pode ser visto como uma manifestação de esgotamento do padrão anterior de crescimento.
Investimentos em infraestrutura seriam essenciais, por conta dos gargalos tornados ainda mais apertados durante o crescimento com inclusão social. A consequente redução de desperdícios de recursos ensejaria não apenas ganhos generalizados de produtividade, como robusteceria os investimentos privados nos demais setores.
Chave aqui seria a sintonia fina na divisão de atribuições entre os setores público e privado no investimento e na operação dos diversos segmentos das cadeias de serviços de infraestrutura, conforme suas diferentes capacidades de administrar os correspondentes riscos.
Adicionalmente, ganhos horizontais de produtividade poderiam ser alcançados mediante a melhoria em vários parâmetros de operação do setor privado. Por exemplo, o "Doing Business" do Banco Mundial indica que uma empresa brasileira hoje gasta, em média, 2.600 homens-hora por ano simplesmente para pagar tributos. As médias na América Latina e Caribe e na OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) são, respectivamente, de 367 e 176. Licenças de construção tomam em média 469 dias no Brasil, contra 225 e 143 nesses últimos.
Para uma economia com elevadas carga tributária e proporção de gastos públicos no PIB, como o Brasil, melhoras na qualidade destes últimos fariam enorme diferença.
Não por acaso, essa foi uma demanda central nos protestos de rua em junho. Uma pesquisa feita no ano passado por Eduardo Ley (Banco Mundial) e Francesco Grigoli (FMI), usando Cingapura como referência de eficiência nos gastos públicos em educação e saúde, sugeriu estar o nível de desperdício nessas áreas no Brasil algo em torno de 4,2% do PIB.
Em termos mais gerais, a experiência internacional vem mostrando como a transparência, a avaliação de resultados, a prestação de contas e a concorrência nas compras públicas reduzem a corrupção e melhoram a qualidade do gasto público.
Ainda que sejam distintos os horizontes da gestão da conjuntura e da agenda de prazo mais longo, a presença desta última tende a fortalecer a credibilidade e a eficácia da primeira. É mais fácil navegar uma turbulência quando se vislumbra um norte a perseguir.
Opiniões aqui expressas são pessoais e não devem ser atribuídas a qualquer instituição


Ação dos EUA na Síria tem aprovação apertada em comissão do Senado


Ação dos EUA na Síria tem aprovação apertada em comissão do Senado
Resultado mostra dificuldade que terá Barack Obama para conseguir autorização do Congresso
Presidente diz que foi o mundo quem traçou 'linha vermelha' contra a utilização de armas químicas, não ele

 
JOANA CUNHA DE NOVA YORK LEANDRO COLON DE LONDRES
 
Em uma votação apertada (10 votos a 7), a Comissão de Relações Exteriores do Senado americano autorizou ontem o uso da força contra o governo da Síria.
A intervenção, limitada, poderá durar 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, e não contará com tropas terrestres.
A oposição republicana deu três votos de peso, incluindo o do senador John McCain. Dois "não" vieram de senadores democratas.
O placar mostra que, apesar de os democratas serem maioria no Senado, uma ação militar pode ter dificuldades para passar no plenário.
Na Suécia, às vésperas da cúpula do G20, em São Petersburgo (Rússia), Barack Obama cobrou apoio internacional a um ataque.
"Não fui eu quem estabeleceu uma linha vermelha. O mundo colocou uma linha vermelha contra o uso de armas químicas quando governos que representam 98% da população mundial disseram que isso é abominável e fizeram um tratado proibindo seu uso" afirmou.
"Não é minha credibilidade que está em jogo, é a da comunidade internacional", disse, ao lado do premiê sueco, Fedrik Reinfeldt.

LINGUAGEM
O texto foi aprovado pela comissão após a adição de uma disposição que enfatizou a sua linguagem, exigência de McCain. Desde segunda-feira, o republicano vinha pedindo uma estratégia mais abrangente, que não se restringisse apenas a atingir as armas de destruição em massa. Ele quer que a ação dê suporte de combate às forças da oposição.
Sinais dessa sugestão apareceram no discurso de Obama na terça-feira, quando o presidente começou a falar em "uma transição para trazer paz e estabilidade, não só à Síria, mas a toda a região".
O apoio do republicano é decisivo para a aprovação do documento.
O texto será analisado no plenário do Senado na próxima semana. A expansão do escopo da intervenção pode dificultar o apoio democrata.
Na Câmara, o domínio da oposição republicana também ainda deixa dúvidas, apesar da recente declaração de apoio de seus líderes John Boehner e Eric Cantor.
Nos últimos dias, Obama tem reiterado que tem o direito de ordenar as ações ainda que não receba a aprovação do Congresso. Ele diz, porém, que prefere agir ao lado dos legisladores para fortalecer a reação americana.
O republicano Rand Paul, contrário à intervenção, tentou impedir a aprovação, argumentando que o presidente só pode determinar os ataques unilateralmente quando o país for atacado.