16/11/2012 - 11h00

Palestinos recebem apoio egípcio e voltam a tentar atingir Tel Aviv

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DA REUTERS


Sirenes antiaéreas voltaram a soar em Tel Aviv nesta sexta-feira em meio à escalada da tensão entre Israel e as milícias palestinas na faixa de Gaza. Uma explosão foi ouvida logo depois. O grupo radical palestino Hamas, que controla Gaza, reivindicou o lançamento de um foguete contra a capital israelense. Dados preliminares dão conta de que um segundo foguete atingiu o subúrbio. Não houve danos ou vítimas.
Análise: Israel agora não está correndo para invadir Gaza
O chefe-de-gabinete israelense, Gilad Eldan, disse que "até o premiê [Binyamin] Netanyahu correu para um abrigo".
É a segunda vez que militantes palestinos tentam atacar Tel Aviv desde o início, na quarta-feira (14), de uma operação do Exército de Israel batizada de Pilar Defensivo. Na quinta (15), pelo menos um foguete foi lançado na direção de Tel Aviv e caiu no mar. Foi a primeira vez que os alarmes antiaéreos soaram na capital desde a Guerra do Golfo, em 1991.
Israel anunciara que realizaria um cessar-fogo, na manhã desta sexta-feira, em respeito à visita do premiê egípcio, Hisham Qandil, a Gaza. Entretanto, ambos os lados trocaram acusações de desrespeito à trégua e mantiveram os ataques.
Na visita, o premiê demonstrou total apoio ao governo do Hamas e chegou a visitar um hospital, onde fez questão de carregar o corpo ensanguentado de uma criança supostamente morta por um ataque israelense.

Ataque mata 3 israelenses na região de Gaza

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O premiê do Egito, Hisham Qandil, (à esq.) observa o corpo de um menino palestino supostamente morto num ataque israelense à faixa de Gaza
Israel mantém um tratado de paz com o Egito, mas o governo do presidente Mohamed Mursi, eleito depois da deposição do ditador Hosni Mubarak, é tido como partidário do Hamas.
No Cairo, Mursi, disse que os ataques de Israel são "uma agressão flagrante contra a humanidade" e que "não deixará Gaza sozinha". "O Egito de hoje não é o de ontem, e os árabes de hoje não são os de ontem", disse, segundo a agência de notícias estatal Mena.
Durante a madrugada, Israel manteve o bombardeio aéreo pesado contra Gaza, no terceiro dia consecutivo da operação batizada Pilar Defensivo. Um dos alvos foi o prédio onde opera o Ministério do Interior do governo do movimento radical islâmico Hamas. Conforme as autoridades palestinas, mais duas pessoas morreram, o que eleva o total de mortos a ao menos 20, desde quarta.
Do lado israelense, foram três mortes decorrentes do lançamento de um foguete, na manhã de quinta.

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