A armadilha da lamentação

Que não esperem bons tempos, mas que esperem maus tempos como certos. Se reclamarem da fome, diga-lhes do inferno da inanição. Se resmungarem dizendo que sentem frio, diga-lhes dos oito infernos enregelantes. Se disserem que estão com medo, explique-lhes que um faisão atacado por uma águia ou um rato ameaçado por um gato encontram-se tão desesperados quanto eles. Tudo isto eu tenho repetido quase que diariamente durante os últimos vinte e sete anos. Apesar disso, tratando-se de Nagoe-no-ama, Shou-bo, Noto-bo, Sanmi-bo e outros, por serem tão covardes, de mentes estreitas, gananciosos e cheios de dúvidas, é como se derramasse água sobre o chao ou como se cortasse o ar rarefeito.

(As Perseguições ao Buda, END, vol. I, pág. 305.)

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