Relato


Comprovar o budismo é maravilhoso

Edição 2158 - Publicado em 01/Dezembro/2012 - Página A6

Ari Wandersman - responsável pela Área Botafogo e vice-coordenador do Grupo Alvorada da CRJ; 50 anos; Auditor Fiscal Estado do Rio de Janeiro; budista há 20 anos

A sincera e diária recitação de Daimoku é a base para vencer em todos os aspectos

FAMÍLIA MONARCA. Ari, a esposa, Simone, e o filho, Raphael Jun-iti, desfrutam de boa sorte por praticar o Budismo Nitiren.

PARA REGISTRAR Em 2010, a Área Botafogo conquista a condição de 100% Bloco Monarca. Na foto, membros e líderes celembram a vitória no Rio de Janeiro

CHAKUBUKU. Em Itajaí, SC, Lilian Fátima Gomes Barreto (à esq.) é amiga de Ari e recebeu o Gohonzon após retomar o contato com ele e participar das atividades locais

ORAR E VENCER


Ari coleciona vitórias conquistadas por meio da sincera prática do Budismo Nitiren. Vindo de uma família judia, os pais não aceitaram sua prática de início. Porém, desde que conheceu o budismo, teve a certeza de que sua vida mudaria radicalmente. Determinou, orou e venceu diversas circunstâncias, comprovando a força do Nam-myoho-rengue-kyo no dia a dia. Nosso primeiro contato acontece num sábado quando comunico sobre a publicação do seu relato. Ele fica muito feliz e diz de repente: “Que felicidade! Estou emocionado”.
Dias depois, essa emoção se torna uma longa conversa sobre a alegria de praticar o budismo e realizar o Chakubuku.

Como tudo começou


Ari era um jovem curioso e tinha inúmeros questionamentos. As respostas que obtinha, porém, não o satisfaziam. Certa vez, assistiu a uma palestra sobre o poder da mente na qual a conclusão foi: “Você é aquilo que pensa que é”.
“Essa palestra tocou meu coração. Mas ainda faltava algo.” Em 1988, conheceu uma jovem praticante do Budismo Nitiren que logo ensinou-lhe o Nam-myoho-rengue-kyo.
O que mais chamou sua atenção foi a forma como a amiga explicou: “Ela me disse carinhosamente: ‘Vou te ensinar umas palavrinhas mágicas que vão mudar sua vida’. E depois me perguntou: ‘Qual seu maior objetivo?’ Nessa época, eu estudava para o concurso de fiscal de rendas do Estado do Rio de Janeiro e queria muito passar”.
Muitas pessoas lhe diziam que era impossível ser aprovado, pois havia uma jogada política por trás desse concurso. Ele não acreditava nisso. E, ao aprender a recitar Daimoku, decidiu testar a oração para ser aprovado no tão sonhado e, até então, impossível concurso. A amiga ainda garantiu: “Você terá todas as condições de passar”.
Aquelas sinceras palavras despertaram a esperança perdida na busca por respostas. Ele precisava estudar mais. Contudo, seu trabalho consumia muito tempo.
Em seguida, foi dispensado da empresa. O que parecia um sofrimento tornou-se a chance de se dedicar ainda mais à recitação do Daimoku e ao estudo. Como resultado, foi aprovado no concurso. “Percebi que consegui algo dificílimo. Mas não existe nada impossível para quem recita Daimoku.”

é possível mudar Tudo


Durante um tempo, Ari não pôde dizer aos pais que se tornara budista. Isso porque todos na família eram judeus e não aceitariam sua opção. Além disso, devido à problemática com o clero, ele recebeu o Gohonzon apenas em julho de 1995, mas já havia se tornado membro da BSGI três anos antes.
Ari atuou na Divisão dos Jovens, teve oportunidades de treinamento, estudou o budismo e as orientações do presidente Ikeda. “Hoje, minha família aceita a prática do budismo e é maravilhoso.”
Já como auditor do Estado, estabilizou-se financeiramente, até demais, segundo ele. “Passei a ter acesso a um mercado de consumo enorme e me descontrolei com os cartões de crédito. Minhas dívidas só aumentavam.”
Ele tomou consciência de que isso não poderia continuar. Recitou Daimoku para transformar a situação e venceu.

Encontro com o Mestre


Já na Divisão Sênior, em outubro de 2004, ele participou de um curso de aprimoramento da SGI no Japão e encontrou-se com o presidente Ikeda. “Participar de uma reunião com o Ikeda Sensei foi emocionante. E os líderes da Soka Gakkai nos receberam com muito carinho e atenção”, relembra emocionado.
Ao observar a postura do mestre, ele aprendeu a ser mais benevolente com as pessoas, principalmente com os jovens.
“Diante do Ikeda Sensei, renovei meu juramento de viver em prol do Kossen-rufu todos os dias”, afirma. Sua determinação está expressa na realização de Chakubuku e também nos bons resultados da Área Botafogo.
Neste ano, 38 famílias receberam o Gohonzon na localidade e, segundo Ari, eles estudam reestruturar a organização para melhor atender aos novos associados. “Está sendo desafiador, porém, precisamos cuidar dos recém-convertidos com muito carinho e dedicação”, relata.
Sobre Chakubuku, ele nos conta seu “segredo” para compartilhar com as pessoas a alegria de praticar o Budismo Nitiren: “Procuro criar a oportunidade de falar sobre a prática. Chakubuku é feito pelo nosso modo de falar e agir com os outros.”
Com muito humor, ele nos conta que nem sempre foi assim. Logo que passou no concurso do Estado, Ari queria que o Rio de Janeiro inteiro praticasse o Budismo Nitiren. “Eu era muito insistente, chato até. Eu pensava assim: ‘Se funcionou para mim, tem de funcionar para todos’. [risos] Com a recitação do Daimoku, aprendi a dosar isso e mudei meu jeito. Hoje realizo mais Chakubuku que antes.” [risos]
Até mesmo quando esteve no Japão Ari realizou Chakubuku. “Contei meu relato e uma moça decidiu receber o Gohonzon após me ouvir. Fiquei muito feliz!”

MAIS VITÓRIAS


Há dezesseis anos, Ari ingressou com uma ação na justiça do trabalho, pois sofreu uma redução indevida de salário. Inesperadamente, em outubro deste ano, o advogado informou-lhe que o processo estava ganho e o valor pago. “Que supresa! Com isso, quitei a dívida do meu apartamento que levaria mais de trinta anos para pagar.”
Essa mais recente vitória Ari atribui a uma decisão tomada após o treinamento no Japão. Ele nos conta com muita emoção e orgulho: “Percebi que tinha de mudar a postura quanto à minha prática. Como incentivaria as pessoas se não desafiava essa fraqueza?”.
O resultado dessa reflexão é a recitação diária e ininterrupta de uma hora de Daimoku. “Hoje, tenho mais confiança no trabalho e no relacionamento com as pessoas. Tenho mais coragem para vencer as dificuldades.”
Vitórias colecionadas e inúmeras a serem conquistadas não lhe faltam. “O que me move é a gratidão ao Ikeda Sensei, à minha família e aos meus amigos”, conclui.

Minha frase do Gosho


“Eu e meus discípulos, mesmo que ocorram vários obstáculos e maldades, desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos naturalmente o estado de Buda. Não duvidem dos benefícios do Sutra de Lótus, mesmo que não haja a proteção dos céus. Não lamentem a ausência de segurança e tranquilidade na vida presente. Embora tenha ensinado dia e noite a meus discípulos, todos, criando a dúvida, abandonaram a fé. O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais.”

(Os Escritos de Nitiren Daishonin, v. 4, p. 209.)

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