Carma: lei de causa e efeito

Tradicional thangka do budismo tibetano alusivo à "Roda da Vida", com seus seis reinos.
Carma (do sânscrito कर्म, transl. karmam, e em pali, kamma, "ação"). No budismo é a força de samsara sobre alguém. Boas ações (páli: kusala), e/ou ações ruins (páli: akisala) geram "sementes" na mente[24], que virão a aflorar nesta vida ou em um renascimento subsequente[25]. Com o objetivo de cultivar as ações positivas, o sila é um conceito importante do budismo, geralmente, traduzido como "virtude", "boa conduta", "moral" e "preceito".

No budismo, o carma se refere especificamente a essas ações (do corpo, fala e mente) que brotam da intenção mental (páli:cetana)[26] e que geram consequências (frutos) e/ou resultados (vipaka). Cada vez que uma pessoa age, há alguma qualidade de intenção em sua mente e essa intenção muitas vezes não é demonstrada pelo seu exterior, mas está em seu interior e este determinará os efeitos dela decorrentes.

No budismo Teravada, não pode haver salvação divina ou perdão de um carma, uma vez que é um processo puramente impessoal que faz parte do Universo. Outras escolas, como a Maaiana, porém, têm opiniões diferentes. Por exemplo, os textos dos sutras (como o Sutra do Lótus, Sutra de Angulimala e Sutra do Nirvana) afirmam que, recitando ou simplesmente ouvindo seus textos, as pessoas podem expurgar grandes carmas negativos. Da mesma forma, outras escolas, Vajrayana por exemplo, incentivam a prática dos mantras como meio de cortar um carma negativo[27].

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