Em plena crise política, Mursi decide suspender aumento de impostos
Redação | São Paulo
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, anulou nesta segunda-feira (10/12) a ordem de elevar os impostos sobre produtos básicos no país. A medida, que havia sido anunciada na tarde deste domingo (09/12), faz parte do programa de austeridade aprovado pelo governo em troca de empréstimo bilionário do FMI (Fundo Monetário Internacional) e foi muito criticada.
Em um comunicado postado na página ofical da Presidência no Facebook durante a madrugada, as autoridades explicaram que vão iniciar um processo de diálogo com a sociedade para chegar a um consenso sobre o tema. "O presidente não aceita que os cidadãos egípcios carreguem qualquer encargos extras sem consentimento. O presidente decidiu suspender a decisão até a aceitação do público seja clara", diz o texto citado pelo jornal Al Ahram.
Se a medida fosse implementada, os egípcios, que encaram uma dura crise
econômica e crescente desemprego, encontrariam produtos mais caros nas
prateleiras dos mercados nacionais e teriam que pagar mais por diversos
serviços. Aço, cimento, refrigerantes, cerveja e cigarros estavam entre
os itens mais afetados pelo aumento das taxas, assim como serviços de
telefonia móvel e transportes.
Agência Efe (07/12/12)
Centenas de pessoas participaram de protesto contra o aumento de poderes do presidente em frente ao palácio presidencial
Por conta do plano de austeridade negociado com o FMI que visa a redução do déficit público, Mursi já cortou subsídios energéticos o que elevou os gastos com eletricidade no país. As autoridades egípcias contraíram empréstimo de US$ 4,8 bilhões com o organismo internacional que ainda deve passar pela aprovação do conselho diretor do FMI.
O partido da Irmandade Muçulmana, vinculado ao presidente, criticou a decisão e exigiu sua anulação. "O partido pede ao chefe do governo (o premiê Hisham Qandil) para suspender essa medida até serem submetidas a Assembleia Nacional depois de sua formação", disse a organização em comunicado.
O anúncio do aumento dos impostos para o consumidor vem em meio a uma crise política e protestos contra o governo no país, iniciada com a decisão de Mursi de aumentar os poderes presidenciais e reduzir os do Legislativo e Judiciário. O presidente que anulou o decreto neste sábado (08/12) e convocou referendo sobre o novo projeto de Constituição para o dia 15 de
Em plena crise política, Mursi decide suspender aumento de impostos
Medida faz parte de plano de austeridade aprovado pelo governo em troca de empréstimo bilionário do FMI
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, anulou nesta segunda-feira (10/12) a ordem de elevar os impostos sobre produtos básicos no país. A medida, que havia sido anunciada na tarde deste domingo (09/12), faz parte do programa de austeridade aprovado pelo governo em troca de empréstimo bilionário do FMI (Fundo Monetário Internacional) e foi muito criticada.
Em um comunicado postado na página ofical da Presidência no Facebook durante a madrugada, as autoridades explicaram que vão iniciar um processo de diálogo com a sociedade para chegar a um consenso sobre o tema. "O presidente não aceita que os cidadãos egípcios carreguem qualquer encargos extras sem consentimento. O presidente decidiu suspender a decisão até a aceitação do público seja clara", diz o texto citado pelo jornal Al Ahram.
Agência Efe (07/12/12)
Centenas de pessoas participaram de protesto contra o aumento de poderes do presidente em frente ao palácio presidencial
Por conta do plano de austeridade negociado com o FMI que visa a redução do déficit público, Mursi já cortou subsídios energéticos o que elevou os gastos com eletricidade no país. As autoridades egípcias contraíram empréstimo de US$ 4,8 bilhões com o organismo internacional que ainda deve passar pela aprovação do conselho diretor do FMI.
O partido da Irmandade Muçulmana, vinculado ao presidente, criticou a decisão e exigiu sua anulação. "O partido pede ao chefe do governo (o premiê Hisham Qandil) para suspender essa medida até serem submetidas a Assembleia Nacional depois de sua formação", disse a organização em comunicado.
O anúncio do aumento dos impostos para o consumidor vem em meio a uma crise política e protestos contra o governo no país, iniciada com a decisão de Mursi de aumentar os poderes presidenciais e reduzir os do Legislativo e Judiciário. O presidente que anulou o decreto neste sábado (08/12) e convocou referendo sobre o novo projeto de Constituição para o dia 15 de
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