Crônica
Pequeno no tamanho, mas grande nos valores
Edição 532 - Publicado em 08/Dezembro/2012 - Página 66
A interação entre estudantes e pais por meio dos jogos
cooperativos. Este foi o objetivo da Gincana Familiar da DE, realizada
em outubro. Não houve apenas um ganhador, no final, todos foram
vencedores.
Para transmitir o espírito da atividade, foi apresentado o episódio ocorrido nas Olimpíadas Especiais de Seattle, em que na corrida de 100 metros os atletas, todos com síndrome de Down, saíram em disparada quando foi dado o tiro de largada. De repente, um deles caiu, se machucou e começou a chorar. Ao ouvirem o choro, todos pararam e foram acudi-lo. Incentivando-se mutuamente, deram as mãos e juntos cruzaram a linha de chegada.
Os estudantes e os familiares se emocionaram. Porém, quando as provas da gincana tiveram início, com a animação da torcida o ímpeto competitivo tomou conta dos participantes. Tanto que, na “corrida do caranguejo”, várias duplas, formadas por pai e filho, disputavam acirradamente para serem as mais rápidas e conseguirem mais pistas para descobrir a frase secreta. Um representante de cada equipe ficou responsável por juntar as pistas.
Foi quando um estudante de 11 anos me perguntou se poderia ajudar um jovem atrapalhado com as pistas. Comentei que não seria justo, afinal, o rapaz era da equipe vermelha e ele da equipe azul. Concordou com a cabeça e saiu.
De repente, ele voltou e começou a ajudar o jovem e logo os dois se entenderam com o quebra-cabeça. Não adiantou ter respondido, pensei.
Ao final das provas, a equipe vermelha sagrou-se campeã. Mas, como eram jogos cooperativos, todos foram premiados e receberam divertidas lembranças.
Na saída, os dois jovens comemoravam. Curioso, perguntei ao menino da equipe azul se ele estava triste por não ter vencido. Sua resposta foi:
_ O que importa é que meu amigo venceu e está feliz!
Fiquei paralisado. Depois de refletir, compreendi o real significado do episódio das Olimpíadas Especiais: a deficiência não é física nem motora, mas do coração duro que julga os demais e é incapaz de reagir. O coração “especial” daquele estudante me concedeu o valioso prêmio dessa geração de Sucessores Ikeda 2030: a pureza e a sinceridade, para se ter uma atitude corajosa e ver o outro feliz.
Edson Shoiti Tokunaga
Da Redação
Para transmitir o espírito da atividade, foi apresentado o episódio ocorrido nas Olimpíadas Especiais de Seattle, em que na corrida de 100 metros os atletas, todos com síndrome de Down, saíram em disparada quando foi dado o tiro de largada. De repente, um deles caiu, se machucou e começou a chorar. Ao ouvirem o choro, todos pararam e foram acudi-lo. Incentivando-se mutuamente, deram as mãos e juntos cruzaram a linha de chegada.
Os estudantes e os familiares se emocionaram. Porém, quando as provas da gincana tiveram início, com a animação da torcida o ímpeto competitivo tomou conta dos participantes. Tanto que, na “corrida do caranguejo”, várias duplas, formadas por pai e filho, disputavam acirradamente para serem as mais rápidas e conseguirem mais pistas para descobrir a frase secreta. Um representante de cada equipe ficou responsável por juntar as pistas.
Foi quando um estudante de 11 anos me perguntou se poderia ajudar um jovem atrapalhado com as pistas. Comentei que não seria justo, afinal, o rapaz era da equipe vermelha e ele da equipe azul. Concordou com a cabeça e saiu.
De repente, ele voltou e começou a ajudar o jovem e logo os dois se entenderam com o quebra-cabeça. Não adiantou ter respondido, pensei.
Ao final das provas, a equipe vermelha sagrou-se campeã. Mas, como eram jogos cooperativos, todos foram premiados e receberam divertidas lembranças.
Na saída, os dois jovens comemoravam. Curioso, perguntei ao menino da equipe azul se ele estava triste por não ter vencido. Sua resposta foi:
_ O que importa é que meu amigo venceu e está feliz!
Fiquei paralisado. Depois de refletir, compreendi o real significado do episódio das Olimpíadas Especiais: a deficiência não é física nem motora, mas do coração duro que julga os demais e é incapaz de reagir. O coração “especial” daquele estudante me concedeu o valioso prêmio dessa geração de Sucessores Ikeda 2030: a pureza e a sinceridade, para se ter uma atitude corajosa e ver o outro feliz.
Edson Shoiti Tokunaga
Da Redação
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