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Fé é a bandeira da invencibilidade

Edição 532 - Publicado em 08/Dezembro/2012 - Página 4

Traduzido do editorial do Dr. Daisaku Ikeda, presidente da SGI, publicado na revista Daibyakurengue, edição de dezembro de 2012


VIVA O ANO DA VITÓRIA DA SGI JOVEM O líder da SGI brada alegremente junto dos companheiros da Soka Gakkai, em 14 de julho de 1972

PIONEIROS Presidente Ikeda incentiva carinhosamente os veteranos do Kossen-rufu de Oita, em Kyushu, em 11 de dezembro de 1981


Não tema!
A “Lei do lótus”1
Faz você superar todas as adversidades
E se tornar alguém de grande riqueza interior
E elevado estado de vida.

A vida passa num piscar de olhos. Conforme chega a idade, temos a impressão de que os dias e os meses passam cada vez mais rápido. Nitiren Daishonin diz: “A vida é efêmera; não devemos poupá-la. Devemos aspirar fundamentalmente à terra do Buda” (END, v. 3, p. 168). Vamos viver a vida pelo grande desejo (Daigan) do Kossen-rufu, valorizando cada dia com o espírito de que estamos avançando junto com Daishonin.

Todos nós nos deparamos com várias montanhas que temos de escalar, dia após dia, mês após mês. Não importa quão íngremes sejam, com a recitação do Daimoku e incentivos mútuos, vamos escalar resolutamente até chegar ao topo. Essa conquista é uma certeza.

Na conclusão de um ano de luta, levante bem alto a bandeira da invencibilidade bradando: “Este ano, não fui derrotado nenhuma vez” e “No ano que vem, também vencerei sem falta”. Essa sequência de vitórias será o verdadeiro registro histórico da sua revolução humana.

Lembro-me das palavras do meu mestre, o segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda: “A fé é a força que permite que uma pessoa que caiu ao solo se levante apoiando no próprio solo, quantas vezes for necessário. Não se abale nem um pouco, independentemente do que possa acontecer!”.

O presidente Toda incentivava cada um dos membros que enfrentavam graves problemas, como doenças, dificuldades financeiras ou de relacionamento, como se os abraçasse afetuosamente. Certa vez, ele disse: “Quanto maior o obstáculo, maior a vitória que nos aguarda. Você pode usar seus desafios e suas dificuldades como combustíveis para desenvolver um expansivo estado de vida que lhe permita ajudar muitas pessoas e desfrutar de uma vida dotada das quatro virtudes de eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza, por milhares — não, por milhões — de vezes em suas existências futuras!”.

À luz da Lei Mística e da eternidade da vida, todas as nossas provações e tribulações desta existência são simplesmente fenômenos que se manifestam para que possamos construir um estado de indestrutível felicidade e para ajudar os outros a fazer o mesmo. Há inúmeros membros no Japão e no mundo que comprovam o poder da fé que transforma o veneno em remédio, são pessoas infinitamente dotadas de riqueza interior, do “tesouro do coração”.

Ao final de certo ano, Nitiren Daishonin escreveu para a monja leiga de Ueno, a mãe de Nanjo Tokimitsu, expressando gratidão por seus sinceros oferecimentos: “Como posso agradecer sua sinceridade? Estou tão contente que meus olhos chegam a ficar marejados” (WND, v. 2, p. 973). Sinto como se Daishonin estivesse dirigindo essas palavras às nossas nobres integrantes da Divisão Feminina, cujas existências são verdadeiramente dotadas de diversos tesouros.

No início de um novo ano, Daishonin enviou a conhecida Carta de Ano-Novo para a filha da monja leiga de Ueno, esposa do lorde Omossu, e herdeira da fé de sua mãe: “Aqueles que creem no Sutra de Lótus [na Lei Mística] reúnem a boa sorte de dez mil milhas de distância” (END, v. I, p. 413).

Permitam-me compartilhar a história de uma veterana da DF de Kitakyushu, região que possui uma orgulhosa trajetória de pioneirismo no movimento pelo Kossen-rufu do Japão. Viúva, ela trabalhou nos correios como carteira para sustentar sua filha, que cresceu com uma boa moça. Durante a Segunda Guerra Mundial, movida por sua benevolência e solidariedade, ela levava água potável para um grupo de prisioneiros de guerra americanos, detidos em Kyushu. Ela fez isso todos os dias, sem se abalar por aqueles que a chamavam de traidora. [Isso porque ela se lembrou do próprio marido, que morrera em combate numa terra estrangeira durante a guerra, e lhe cortava o coração pensar que ele pudesse ter morrido sem ser capaz de saciar sua sede.]

Tornando-se membro da Soka Gakkai após a guerra, junto com a filha, ela se esforçou arduamente pela causa do Kossen-rufu, motivada pelo desejo da paz. Recusando-se a ser intimidada pelas críticas e pelos insultos, ela se aproximou sem descanso das pessoas de sua amada comunidade para dialogar com elas com o espírito de Risho Ankoku (Estabelecimento do Ensino Correto para a Paz da Nação).

Em seus últimos anos de vida, quando os membros de sua localidade, muitos dos quais ela havia apresentado a prática e incentivado, conquistaram uma brilhante vitória, ela se alegrou e bradou um grande “viva” para Kyushu e para a Soka Gakkai. Ela comprovou o benefício de uma vida de plena satisfação e vitória.

No “Ano da Vitória da SGI Jovem”, vamos garantir que esses “vivas” pelo triunfo do povo ressoem ainda mais vibrantemente em todo este grande castelo de valores humanos Soka, que nobres pais e mães dedicaram a vida para construir.

O filósofo romano Sêneca declarou: “Monarca é aquele que não teme a nada”.2 Alinhando nossa vida com a Lei Mística e com o coração do “monarca da fé” e do “monarca do ser humano” que não teme a nada, vamos expandir nossa condição de vida, e fazer com que muitas pessoas estabeleçam laços com o Budismo Nitiren, e finquem bem no alto a nova bandeira da glória!
Tal como um monarca,
Vença absoluta e resolutamente
Nesta existência
Com imponência e radiância.


Notas:
1. WND, v. 1, p. 216.
2. Traduzido do japonês. SÊNECA. Fedra e Outras Peças.

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