POEMA DO KOUITI

Decisão


Por muito tempo, sofremos
diante de uma realidade que não podia ser a nossa.
   Merecemos a vitória, felicidade.


Parecia pequeno o movimento que fazemos,
diante de um macro caótico e desigual.


Mas, neste maravilhoso dia,
1º de Maio de 2012,
mudamos o rumo, não apenas de nossas vidas,
mas sim de uma sociedade inteira.


Os dias, que até então gélidos,
tornaram-se calorosos,
como no dia da posse de Ikeda Sensei.


Sei que estamos apenas começando a caminhada,
e sei que ela será dura, mas,

quando acordarmos daqui a 20, 30 anos,
olharemos o passado,
saudades sentiremos e,
com um sorriso no coração, diremos:


"Hoje, mais que ontem, sou vencedor!"
Com vocês a 9ª parte da Proposta de Paz, escrita por Daisaku Ikeda, endereçada à Organização das Nações Unidas.

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    Uma clara visão do futuro


    Gostaria de discutir agora propostas concretas para enfrentar diversas ameaças prejudiciais à vida das pessoas.


    Antes, é bom observar duas perspectivas destacadas pela Dra. Elise Boulding (1920–2010), pioneira da cultura de paz. A primeira é agir com a necessária clareza do futuro que desejamos. A outra é o intervalo de tempo que ela chama de “presente de 200 anos”.


    A respeito da primeira perspectiva, a Dra. Boulding contou-me que na década de 1960, numa reunião de estudiosos dos aspectos econômicos do desarmamento, ela perguntou como seria um mundo totalmente desarmado. Para sua surpresa, eles não tinham ideia alguma, o trabalho deles era apenas convencer os outros que o desarmamento era possível.


    “Como poderiam trabalhar de coração num movimento cujo resultado nem sequer imaginavam?” Esta questão é essencial. Não importa quão relevantes sejam a paz e o desarmamento, se o movimento para alcançá-los não tiver uma visão claramente definida, não gerará a energia necessária para superar os obstáculos em meio à realidade. A Dra. Boulding entendia que uma visão comum a todos une as pessoas e lhes permite “se dedicar incondicionalmente”.


A outra perspectiva da filósofa, “o presente de 200 anos”, afirma que a nossa vida abrange o período dos cem anos passados a cem anos futuros. Ela salientou: “Não vivemos apenas no presente. Se este momento fosse tudo, suas ocorrências nos esmagariam”.Mas, pensando que vivemos num período maior, podemos participar da vida de uma multidão — de crianças recém-nascidas e de idosos centenários. Desta forma, a Dra. Boulding valoriza a importância de vivermos com a perspectiva ampliada pelo passado e o futuro da nossa comunidade.


Esta ideia nos faz levar em conta o sofrimento dos nossos antepassados. Ao mesmo tempo, nos inspira um senso de responsabilidade para construir um futuro em que estes mesmos sofrimentos não serão experimentados pelas próximas gerações.


Considerando as perspectivas da Dra. Boulding, proponho os valores do humanismo, dos direitos humanos e da sustentabilidade como elementos indispensáveis de qualquer visão de futuro da humanidade. Em termos concretos, esta é a visão de:


• um mundo que se recusa a esquecer a tragédia humana ocorrida em qualquer lugar se une em solidariedade para superar as ameaças;


• um mundo fundamentado no empoderamento dos indivíduos prioriza a garantia da dignidade e o direito de conviver em paz;


• um mundo que se recorda das lições do passado e não permite que gerações futuras herdem o legado negativo da história humana e põe toda a sua energia na transformação desse legado.
Este olhar sustenta minhas Propostas de Paz desde 1983. Para quem lida com um problema de difícil solução, a clareza no que se deve fazer é uma linha de Ariadne: ajuda a encontrar o caminho para sair do labirinto e serve como fonte de perspectivas para as mudanças.


Quero agora me concentrar em três grandes desafios que nos espreitam: desastres naturais; degradação ambiental e miséria; e armas nucleares.


Cada um desses desafios vai expor as futuras gerações às ameaças e aos encargos, e estes, por sua vez, serão maiores, quanto mais adiarmos nossa resposta.


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    Agradeço imensamente à todos, por estar fazendo parte da história da mudança Rondonopolitana, por meio de nossa Organização. Vamos lutar para que a Organização se torne parceira e vista com bons olhos pela sociedade.
    Abraço à todos.
    Sayonara!

Kouiti Kikuta

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