Índios
Articuladora política, Ideli se queixa da convocação de Gilberto Carvalho
Ministra reage ao requerimento de parlamentares da bancada ruralista, que exigem explicações do responsável pela interlocução com indígenas
Marcela Mattos, de Brasília
Ideli: 'Convocação de Gilberto Carvalho é desnecessária' (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Para Ideli, o comparecimento não deveria ser obrigatório. “Eu considero particularmente desnecessário ser feita uma convocação. Já tinha acontecido isso com a Gleisi. Os ministros têm total disposição de vir ao Congresso toda vez que são convidados”, queixou-se. Também convocada, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, participou de audiência pública na Comissão de Agricultura no mês passado. Na ocasião, ela cobrou um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demarcação de terras indígenas.
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Apesar de o ministro Gilberto Carvalho não ter tido sucesso na articulação para solucionar o problema, Ideli afirmou que ele esclarecerá aos parlamentares com “a maior tranquilidade” a situação indígena. “A tarefa dele no governo é de relação e de intermediação juntos aos movimentos sociais. Isso o ministro tem feito de forma exaustiva”, afirmou. “O ministro disse que vamos evitar conflitos e que as usinas hidrelétricas necessitam ser executadas e serão executadas.”
Vetos – Outro assunto que Ideli tem de negociar com os parlamentares é a votação dos vetos presidenciais. A ministra ressaltou que o governo acompanha desde o ano passado a movimentação do Congresso Nacional para decidir como irá apreciar os 3.000 vetos que aguardam análise no plenário. “Esse assunto, para nós, tem um alto grau de preocupação. Há vetos que se forem derrubados terão grande impacto nas contas públicas, na questão da própria estabilidade fiscal e financeira do país”, afirmou.
Parlamentares da base e da oposição ameaçam obstruir as próximas votações do Congresso Nacional caso não seja definida uma agenda de apreciação dos vetos. Questionada sobre uma possível obstrução do PMDB, anunciada nesta terça-feira pelo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a ministra disse não acreditar nessa atitude da base. “Eu não acredito que o PMDB, que é o partido do vice-presidente, que compartilha a responsabilidade de governo, tenha a atitude de inviabilizar as votações estratégicas para o país”, afirmou.
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