A Única Frase Essencial

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Explanação do Gosho feitos pelo Departamento de Estudo da SGI-USA.
Tradução não oficial para a língua portuguesa - Teresinha M. Santos, NY


Myoho, a recebedora de "A Única Frase Essencial," havia perguntado a Nitiren Daishonin: "Posso atingir a iluminação apenas recitando Nam-myoho-rengue-kyo?" Numa época em que o Budismo estava mais do que qualquer outra coisa associado a elaborados rituais e doutrinas esotéricas, poderíamos conjeturar o subtexto de sua questão como sendo: "Atingir a iluminação é algo tão simples assim?" "Como pessoas comuns, podemos nós a qualquer momento atingir a iluminação?"
No Japão medieval, para um crente leigo, especialmente uma mulher, perguntar sobre assuntos budistas a um sacerdote poderia ser tomado como falta de respeito à autoridade sacerdotal. Embora sua pergunta tenha sido feita a favor de seu esposo doente, Myoho deve ter-se sentido pouco confortável tendo de escolher entre buscar um entendimento mais aprofundado de sua fé, ou meramente continuar mantendo o seu prescrito lugar na sociedade.
Percebendo isto, Nitiren Daishonin primeiro louva Myoho por seu espírito de busca. Na verdade, o começo da carta é repleto de louvor e apreciação. "É uma rara fonte de boa fortuna para voce inquirir sobre o Sutra de Lótus e indagar seu significado. "Sua ação de questionar sobre o Sutra de Lótus está entre os seis atos difíceis. Isto é uma indicação certa de que se a senhora abraçar o Sutra de Lótus, tornar-se-á um Buda em sua presente forma."
"A senhora perguntou se alguém pode atingir o estado de Buda apenas por recitar Nam-myoho-rengue-kyo, e esta é a mais importante de todas as questões." Daishonin era perspicarzmente cônscio de que conhecimento e entendimento dão origem à confiança e autoconfiante fé, enquanto que a repressão da dúvida que surge naturalmente no decorrer de nossa prática, conduz a fé cega crivada de medo e ansiedade. Por isso, Daishonin encoraja Myoho a desafiar suas dúvidas e a fazer perguntas livremente na pesquisa das verdades Budistas.
Explicando que Nam-myoho-rengue-kyo, sendo a essência do Sutra de Lótus, contém todos os benefícios do Budismo, Daishonin ensina a Myoho - e a todos nós - que quando pessoas comuns como nós recitamos o daimoku com fé em nossa natureza de Buda inata, podemos arremessar a luz da esperança até mesmo dentro do mais escuro canto de nossos corações, como uma lanterna iluminando "um lugar que tem sido escuro por cem, mil ou dez mil anos"; que podemos mudar qualquer coisa que por muito tempo pensamos ser impossível mudar, e desfrutar de felicidade nunca sonhada; que certamente podemos atingir a iluminação quaisquer que sejam as nossas circunstâncias atuais.
"Da mesma forma, incluso dentro do título de Nam-myoho-rengue-kyo, ou daimoku, está o sutra inteiro… o título é para o sutra assim como os olhos são para o Buda."
A simples frase Nam-myoho-rengue-kyo contém a totalidade do Sutra de Lótus, o qual é a culminação dos ensinamentos de Sakyamuni. Usando metáforas e citando outras escrituras, Daishonin explica o porquê disto. Antes desta passagem, ele escreve que o Sutra de Lótus revela nossos corpos, mentes e ações como os dos Budas, e aqueles que abraçam e acreditam em até mesmo uma frase ou verso do Sutra de Lótus podem atingir o estado de Buda.
Embora seja o título do sutra, Nam-myoho-rengue-kyo também contém sua essência. Daishonin compara isto com o caráter essencial das pessoas que pode ser revelado nos seus olhos ou, com uma nação inteira que pode ser expressa no seu nome. Então ele conclui: "Da mesma forma, incluso dentro do título de Nam-myoho-rengue-kyo, ou daimoku, está o sutra inteiro, consistindo de todos os oito volumes, vinte e oito capítulos, e 69.384 caracteres, sem a omissão de um único caractere." Ele apóia sua conclusão com textos de Po Chü-I, um famoso poeta chinês, e de Miao-lo, um erudito da escola T'ien-t'ai, da China.
O Sutra de Lótus ensina o potencial universal para o estado de Buda dentro da vida de todas as pessoas. No segundo capítulo, Sakyamuni declara para seu discípulo: "Sharihotsu, voce deve saber / que no início eu fiz um juramento, / esperando tornar todas as pessoas / iguais a mim, sem nenhuma distinção entre nós"(The Lotus Sutra, Burton Watson, pag.36). Aqui, Sakyamuni indica que todas as pessoas podem elas próprias revelarem-se como Budas. Por esta razão a vida de cada pessoa, não importando como ela ou ele possa aparentar neste momento, é merecedora do maior respeito. Portanto, de acordo com o Sutra de Lótus felicidade reside na auto- realização, e não na procura de benções de uma divindade externa. O que mais interessa é ter fé em nosso verdadeiro potencial, e nossos esforços para externá-lo na sua mais completa proporção.
O potencial de compaixão, sabedoria e coragem de cada pessoa é igual ao de Buda. Como fundador do Budismo, Sakyamuni começou pregando seus profundos ensinamentos depois de ter despertado para o supremo potencial existente em todas as pessoas incluindo ele próprio. Embora o supremo potencial delas possa ainda não ter sido realizado, todas as pessoas merecem nosso mais profundo respeito por possuí-lo. Além disso, os que estão se esforçando para o despertar de seus estados de Buda pela preservação do Sutra de Lótus serão honrados pelos seus nobres esforços. Como injunção final de Sakyamuni no sutra: "Se voce vê uma pessoa que aceita e preserva este sutra, voce deve levantar-se e saudá-la, mostrando-lhe o mesmo respeito que voce deve ter a um Buda"(LS28, 324).
A universalidade do estado de Buda como exposta no Sutra de Lótus está incorporada em Nam-myoho-rengue-kyo, a lei fundamental da vida e do universo. Portanto, Nam-myoho-rengue-kyo é mais do que uma simbólica representação do sutra; é o alicerce sobre o qual o sutra se mantém. Como Daishonin escreve, "Nam-myoho-rengue-kyo não é apenas o âmago dos ensinamento da existência de Sakyamuni, mas também o coração, a essência e o princípio máximo do Sutra de Lótus" ("Isto É o Que Eu Ouvi,"WDN, 860).
" Todas as coisas têm seu ponto essencial, e o coração do Sutra de Lótus é seu título de Nam-myoho-rengue-kyo, ou o daimoku. Realmente, se você o recita pela manhã e à tardinha, você está lendo corretamente o Sutra de Lótus por inteiro…"
A questão que induziu Nitiren Daishonin a escrever esta carta surgiu no meio da atmosfera geral da comunidade Budista cotidiana. Era uma época na qual os sacerdotes Budistas enfatizavam rituais esotéricos e formalidades. As pessoas eram ensinadas que a prática Budista apropriada incluía copiar sutras ou atender aos serviços de preces, ou ouvir os sermões de um eminente sacerdote, de forma que tais rituais e formalidades tornaram-se uma norma. Por conseguinte, experiência religiosa em Budismo era vista como algo que requeria a mediação de sacerdotes. Budismo tornou-se algo que as pessoas comuns assistiam autoridades praticar, e não algo que elas próprias experimentassem diretamente. Num clima espiritual como este, era bem natural que Myoho estranhasse se a própria pessoa recitando Nam-myoho-rengue-kyo seria o suficiente.
Sakyamuni viajou de cidade em cidade para partilhar seus ensinamentos com as pessoas, escravas ou reis igualmente. Muitos séculos depois, porém, seus ensinamentos tornaram-se propriedade exclusiva dos sacerdotes. Pelo tempo em que o Budismo floresceu no Japão medieval, os ensinamentos de Sakyamuni haviam se transformado em mero ornamento espiritual, um símbolo de status da classe dominante. Cercado destas condições, Daishonin revelou a jóia de todos os ensinamentos Budistas. Estava escondida no Sutra de Lótus como Nam-myoho-rengue-kyo, e ele ensinou a prática de recitar esta frase para felicidade de si próprio e dos outros. Este ensinamento e sua prática eram simples e acessíveis para as pessoas comuns, cuja maioria era analfabeta e não poderia nem copiar nem recitar os sutras escritos em clássico chinês.
Mas, isto não é muito simples apenas recitar Nam-myoho-rengue-kyo? Enfocando tal dúvida, Daishonin explica nesta carta a profundidade de sua simples prática.
" Todas as coisas têm seu ponto essencial." Aqui Daishonin explica que Nam-myoho-rengue-kyo é a essência do Sutra de Lótus; portanto, quando recitamos Nam-myoho-rengue-kyo, é a mesma coisa como recitar o sutra inteiro. "Desse modo," Daishonin continua, "se voce incessantemente recitar o daimoku, estará lendo o Sutra de Lótus continuamente." Os volumosos trabalhos da escola T'ien-t'ai da China também atestam a profundidade do daimoku, diz Daishonin.
Um coisa simples não tem de ser simplística. Da mesma forma como podemos nos beneficiar de um supercomputador simplesmente ao ligar sua tomada, podemos também revelar-nos como Budas simplesmente recitando Nam-myoho-rengue-kyo como uma afirmação de nosso próprio inato estado de Buda.
"Um ensinamento tão fácil de manter e de praticar como este foi exposto para o bem de todos os seres vivos no maligno mundo destes últimos dias.
Nos supostos Últimos Dias da Lei, é dito que a verdade do Budismo de Sakyamuni está obscurecida pela corrupção clerical e que o sofrimento das pessoas aumenta por causa da confusão espiritual delas. Nos Últimos Dias da Lei, por conseguinte, um profundo ensinamento é necessário para aliviar a confusão das pessoas. Sua prática, porém, deve ser facilmente entendida e levada adiante por pessoas comuns, como Daishonin explica aqui.
A união do simples e do profundo em Nam-myoho-rengue-kyo é uma expressão da imensa compaixão de Daishonin como o Buda dos Últimos Dias da Lei. Pode ser dito que, por causa de ter sido tão grande o desejo de Daishonin de possibilitar todas as pessoas dos Últimos Dias da Lei a atingirem o estado de Buda, ele concentrou sua profunda sabedoria para perceber a realidade essencial de todas as pessoas como seus inatos estados de Buda. Daishonin entendeu que, através da simples prática de recitar Nam-myoho-rengue-kyo associada a uma fervorosa expectativa de revelar o supremo potencial interno, as pessoas comuns podiam trazer à tona o mesmo estado de vida que Sakyamuni e Daishonin haviam alcançado, não importando seus graus de conhecimento Budista.
De uma perspectiva, os Últimos Dias da Lei é um tempo de corrupção e confusão. Entretanto, da perspectiva de Daishonin é o tempo para que seu verdadeiro ensinamento - Nam-myoho-rengue-kyo - seja difundido amplamente. As pessoas não devem ser simplesmente deixadas com seus sofrimentos, entregando-se elas próprias à vazias e esotéricas práticas religiosas. Pelo contrário, seus sofrimentos devem ser transformados no desejo pela busca de seus verdadeiros potenciais e servirem como um trampolim para o desenvolvimento de suas forças internas. Daishonin enfatiza a importância de dissipar a confusão das pessoas sobre o Budismo, de forma que elas possam evitar o prolongamento sem propósito de seus sofrimentos.
"E porque que eles aparentam ser verdadeiros sacerdotes, as pessoas acreditam sem a menor dúvida no que eles pregam. Portanto, sem se darem conta, as pessoas que os seguem tornam-se inimigas do Sutra de Lótus e do Buda Sakyamuni."
O quarto trecho do Sutra de Lótus que Daishonin cita é a famosa passagem da qual o termo kossen-rufu deriva. Kossen-rufu é a pronúncia em Japonês para a máxima do sutra "divulgar amplamente [o Sutra de Lótus]" como aparece na célebre tradução chinêsa de Kumarajiva. No capítulo "Casos Antigos do Bodhisattva Rei dos Remédios" do sutra, Sakyamuni incita um dos discípulos deste bodhisattva: "Depois que eu entrar em extinção, no período dos últimos quinhentos anos voce deve divulgar amplamente [o Sutra de Lótus] por toda a parte de Jambudvipa8 e nunca permita que esta divulgação seja interrompida, nem permita que demônios maus, pessoas do diabo, seres celestiais, dragões, os demônios yakshas9 ou kumbhanda10 aproveitem-se e tirem vantagem!"(SL23, 288).
Kossen-rufu significa a criação de uma sociedade pacífica através da divulgação ampla do Budismo, especialmente o ensino de Nam-myoho-rengue-kyo, que foi o principal objetivo de Daishonin. Como ele cita em uma carta intitulada, "Retribuindo Dívidas de Gratidão": "No Japão, China, India, e em todos os outros países de Jambudvipa, cada pessoa, independentemente de ser sábia ou ignorante, irá pôr de lado outras práticas e juntar-se à recitação de Nam-myoho-rengue-kyo. Esta doutrina nunca foi ensinada antes. Aqui, em toda a terra de Jambudvipa, em todos os 2.225 anos desde o falecimento do Buda, nem uma única pessoa a recitou.
Nitiren sozinho, sem poupar sua voz, agora recita Nam-myoho-rengue-kyo, Nam-myoho-rengue-kyo…. Se a compaixão de Daishonin é verdadeiramente imensa e abrangente, Nam-myoho-rengue-kyo irá difundir-se por dez mil anos e mais, por toda a eternidade, pois contém o poder benéfico de abrir os olhos cegos de cada ser vivo do Japão, e de bloquear as estradas que levam ao inferno de incessantes sofrimentos." (WND, 736).
De acordo com o conceito dos "cinco períodos de quinhentos anos"11 como descrito no Sutra Grande Coleção, após o falecimento do Buda Sakyamuni o Budismo passa por vários estágios de divulgação e prosperidade, e de corrupção e confusão. Através da história budista, vários foram os ensinos divulgados e que declinaram em diferentes períodos e lugares. Nos Últimos Dias da Lei, durante os quais a corrupção e confusão do Budismo se tornam exaltadas, um ensino profundo porém de fácil acesso se torna necessário. Daishonin identificou e revelou este ensinamento tão necessário para os Últimos Dias da Lei como Nam-myoho-rengue-kyo - a essência do Sutra de Lótus.
Como o trecho do sutra acima citado e os próprios escritos de Daishonin deixam claro, o trabalho dos praticantes do Budismo nos Últimos Dias da Lei é dobrado. Somos requisitados a divulgar o ensino de Nam-myoho-rengue-kyo amplamente através do mundo por amor à paz e pela felicidade das pessoas. A propagação do Budismo de Nitiren Daishonin, todavia, acarreta muitos grandes obstáculos, os quais o sutra metaforicamente descreve como demônios. Um segundo, e muitas vezes esquecido aspecto de kossen-rufu, por conseguinte, é o de superar aqueles obstáculos à divulgação do ensino de Daishonin e proteger sua integridade contra confusão e corrupção. Estes dois aspectos de kossen-rufu, ou seja, divulgar o ensinamento e superar os obstáculos a sua propagação, são inseparáveis; estão integrados à prática Budista nos Últimos Dias da Lei. Podemos divulgar Nam-myoho-rengue-kyo "tornando-o amplamente público" através do mundo inteiro, agora e no futuro, como Daishonin desejou e de acordo com o Sutra de Lótus. Entretanto, somente podemos fazer isto se não permitirmos que o fluxo de seu ensinamento seja cortado, nem que aqueles que obstruem sua propagação aproveitem-se e tirem vantagem.
Em "A Única Frase Essencial," Daishonin ressalta que muitas pessoas de seus dias foram iludidas pelos adornos sacerdotais - aspectos tais como eminência, rituais e cerimônias elaboradas, as suntuosas edificações de adoração nas quais eles oravam, etc. Os seguidores estimavam os ensinamento destes sacerdotes sem considerarem seus conteúdos. O declínio do Budismo nos Últimos Dias da Lei é devido, em parte, à corrupção dos sacerdotes e suas distorções do Budismo. A outra metade da culpa vai para as pessoas que comportavam-se com ingenuidade e ignorância. Daishonin conseqüentemente exprime sua preocupação: "Portanto, sem se darem conta, as pessoas que os seguem tornam-se inimigas do Sutra de Lótus e do Buda Sakyamuni."
O fundamento do Budismo é sincera fé, como o próprio Daishonin declara, "Ter fé é a base do Budismo" ("O Real Aspecto do Gohonzon,"WND, 832). Todavia, sinceridade que carece de razão causa miséria. O Daishonin ressalta que "As pessoas são ignorantes de suas faltas." Porém, do ponto de vista do Budismo, embora as pessoas possam ser sinceras em seus intentos, se seguirem falsos ensinamentos, não podem escapar de suas responsabilidades por darem apoio à distorção do Budismo. Isto é o que é chamado de "ofensa de cumplicidade na difamação" pela qual as pessoas sofrerão o mesmo grau de retribuição dos verdadeiros difamadores da Lei.
Por esta razão, aqueles que despertaram para o verdadeiro ensino de Nam-myoho-rengue-kyo têm a responsabilidade de ressaltar todas as distorções do Budismo e de ajudar os outros a superarem suas ilusões sobre o Budismo. Enquanto a maioria das pessoas estava avaliando as escolas Budistas pela boa aparência dos sacerdotes, Myoho e seu esposo reconheceram a verdade do Budismo nos ensinamentos de Daishonin e começaram a recitar Nam-myoho-rengue-kyo afim de expressarem seus inatos estados de Buda. O Daishonin escreve para louvá-los pela rara fé que eles têm, não manchada pelas confusões do Budismo em seus arredores. Além disso, ele apoia a confiança deles na profundidade e imenso poder de Nam-myoho-rengue-kyo, ou, "a única frase essencial."




- Jambudvipa: De acordo com a visão da antiga India, um dos quatro continentes situados nas quatro direções ao redor do Monte Sumeru. Jambudvipa está localizado ao sul e é o lugar onde os Budas aparecem. É muitas vezes tido como referindo-se ao mundo inteiro.
- yakshas (Skt): Um tipo de demônio. Originalmente, seres que serviam a Kubera, o deus da riqueza na antiga mitologia da India. Os yakshas foram incorporados ao budismo como um dos oito tipos de seres não-humanos que trabalham para proteger o Budismo. Os yakshas são tidos como seguidores do rei celeste Vaishravana e protetores do norte, embora alguns sutras os retratem como demônios que atormentam e prejudicam os seres humanos.
- kumbhanda (Skt): Uma classe de demônios. São considerados atendentes de Crescimento e Desenvolvimento, um dos quatro reis celestiais.
- "os cinco períodos de quinhentos anos": Cinco períodos consecutivos descritos no Sutra Grande Coleção, que prediz o curso do Budismo nos primeiros duzentos e cinquenta anos seguintes à morte de Sakyamuni, uma época na qual é esperado que o Budismo seja divulgado, prospere e eventualmente decline. Numa seqüência cronológica, os cinco períodos de quinhentos anos são:
(1) a idade de se chegar à emanicipação,
(2) a idade da meditação, (3)
a idade do estudo e recitação dos sutras e de receber preleção sobre eles,
(4) a idade da construção de templos e relicários, e
(5) a idade das contendas e disputas na qual os ensinos de Sakyamuni serão obscurecidos e perdidos. Os Períodos (1) e (2) constituem os Primeiros Dias da Lei; os Períodos (3) e (4), os Intermediários Dias da Lei, e o Período (5), o começo dos Últimos Dias da Lei.

Postado por BELAS HISTORIAS BUDISTAS às Sábado, Janeiro 03, 2009

A Iluminação pelo Sutra de Lótus

(Hokke Shoshin Jobtsu Sho)

Questão:
Há qualquer evidência para provar que devemos abraçar em particular o título do Sutra de Lótus da mesma maneira que abraçamos o título de Buda?
Resposta: O Sutra de Lótus diz: "O Buda dirigiu-se às guardiãs do Budismo dizendo: "Sr protegerem aqueles que crêem firmemente no título do Sutra de Lótus, obterão mais boa sorte do que poderão medir". As guardiãs na citação acima eram as dez filhas de Kishimojin1. Elas juraram diante de Sakyamuni proteger aqueles que abraçam o título do Sutra de Lótus que é o Nam-myoho-rengue-kyo. O iluminado, muito satisfeito com o juramento, elogiou-as altamente e disse que a boa sorte que elas poderiam acumular era imensurável. Grandiosos sem dúvida são os seus benefícios e virtuoso o seu comportamento. A citação precedente encoraja-nos a recitar o Nam-myoho-rengue-kyo durante todo o tempo, não importando o que fazemos em nossas vidas diárias.
O Myoho-rengue-kyo2 é o princípio básico que esclarece que todos os seres humanos, Bonten e Taishaku, Sharihotsu e Mokuren, e os Bodhisattvas Monju e Miroku, sem exceção, compartilham a mesma natureza de Buda, e que as naturezas iluminadas são idênticas à Lei Mística que todos os Budas descobrem dentro de si mesmos. Uma vez que recita o Nam-myoho-rengue-kyo, a voz de recitar fará surgir a natureza de Buda em todas as coisas, tanto sensíveis como insensíveis _ todos os Budas, todas as leis, Bodhisattvas e Shomon, Bonten e Taishaku, Emma que é dito ser o Lorde do inferno, o sol a lua e as estrelas, todos os deuses no céu e na terra, assim como naqueles que estão nos estados de Inferno, Fome, Animal, Ira, Tranqüilidade e Alegria. O poder do Myoho-rengue-kyo é infinito em termos de espaço e tempo.
O Myoho-rengue-kyo que está nas profundezas da vida de uma pessoa deve ser estabelecido como objeto de adoração. Se adora este Gohonzon e recita o Nam-myoho-rengue-kyo, a natureza de Buda até aqui dormente surgirá dentro de si. Então, a senhora é um Buda. Para dar exemplo familiar, se um pássaro numa gaiola canta, os pássaros silvestres descerão do céu para juntarem-se ao redor do cativo. Assim que seus amigos circundam a gaiola, o pássaro faz um desesperado esforço para escapar. De maneira semelhante, se recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo oralmente, a nossa natureza de Buda será despertada sem falha. A mesma natureza em Bonten e taishaku também surge para nos proteger, e aquela natureza em Budas e Bodhisattvas começa a agir com grande alegria. Daí a passagem do Sutra de Lótus: "Se há uma pessoa que abraça a Lei Mística mesmo por um curto tempo, eu, assim como todos os outros Budas, muito nos alegraremos."
Pelas três existências da vida que cobrem desde o infinito passado ao presente e ao eterno futuro, todos os Budas atingiram ou atingirão o Estado de Buda com a semente de Myoho-rengue-kyo. É a Lei Mística que todos os Budas aparecem para expor e que possibilita a todos os seres humanos a atingirem o Estado de Buda. Com isto arraigado profundamente em sua mente, deve recitar o Nam-myoho-rengue-kyo de todo o seu coração, sem vaidade, preconceito ou apego, de tal modo que possa a tornar-se um Buda.
Nitiren

FUNDO DE CENA

Nitiren Daishonin escreveu este Gosho em 1277 e enviou-o a uma crente chamada Myoho-ama, que vivia na Província de Suruga (atual Prefeitura de Shizuoka). Isto foi dois anos antes da perseguição de Atsuhara suceder nos crentes de Daishonin em uma área próxima ao Monte Fuji, motivando Daishonin a inscrever o Dai-Gohonzon. Quanto à recebedora deste Gosho, os detalhes são desconhecidos. Julgando da importância e profundidade deste escrito, contudo, ela parece Ter sido uma crente fervorosa e pura a quem seu mestre profundamente confiava.
Neste Gosho, que é escrito na forma de diálogo, Nitiren Daishonin expõe que o Sutra de Lótus é o único ensino que possibilita a todos os seres humanos atingirem a verdadeira iluminação.
Além disso, Daishonin esclarece que aquele que se dedica à propagação da Lei Mística de acordo com a predição de Sakyamuni, é o Buda Original de Mappo, a despeito de seu estado aparentemente humilde de vida. A presente tradução é a última parte deste Gosho.


1 - As Dez Filhas de Kishimojin: São coletivamente chamadas Jurassetsunyo. Kishimojin é um demônio feminino da qual se diz que criou suas filhas alimentando-as com crianças dos outros. Kishimojin e suas filhas representam as mulheres malvadas e de caráter furioso nos ensinos prévios ao Sutra de Lótus. Contudo, repreendidas pelo Buda e arrependendo-se de seus mais pecaminosos atos, juraram proteger os crentes no Verdadeiro Budismo de acordo com o 26° Capítulo do Sutra de Lótus.
O significado de Jurassetsunyo do ponto de vista filosofia da vida é que todo ser humano tem possibilidade de agir tanto como bom ou como mau, de acordo com os fatores influentes dos arredores. Devido à influência iluminadora da Lei Mística, o nam-myoho-rengue-kyo, todas as pessoas podem vir a mostrar as suas mais favoráveis qualidades em seu próprio e único modo.
2 - Myoho-rengue-kyo: do ponto de vista do Budismo de Daishonin, indica o nam-myoho-rengue-kyo. Sakyamuni revelou-o após profunda especulação da substância real da vida e do universo, que definiu como nam-myoho-rengue-kyo. Por outro lado, Nitiren Daishonin desenvolveu a iluminação de sakyamuni e penetrou na Lei subjacente à fusão harmoniosa entre cada vida individual e a substância original do universo. Ele declarou que a substância básica e última desta Lei é Nam-myoho-rengue-kyo e, além disso, incorporou-o na forma do Gohonzon.
3 – Bontem: Um dos deuses budistas que protege os crentes no Verdadeiro Budismo. Diz-se que vive no topo do monte Shumi (Sumeru) como um dos deuses budistas que governa o domínio da matéria. Ele representa as várias ações do universo para proteger aqueles que praticam o budismo de Nitiren Daishonin.
4 – Taishaku: Bontem e Taishaku são dois principais deuses padroeiros do budismo. Diz-se que ele é o rei dos deuses budistas no domínio dos desejos. Esteve presente na cerimônia do Sutra de Lótus e jurou proteger os crentes do Verdadeiro Budismo.
5 – Sharihotsu: Sariputra, em sânscrito. Entre os dez maiores discípulos de Sakyaminu, ele é bem conhecido como o "máximo em sabedoria". Ele nasceu numa família brâmane em Magadha, mostrando um notável brilho mesmo desde a infância. Embora tenha estudado e dominado todas as filosofias brâmanes, nunca esteve satisfeito com o conhecimento superficial e esteve sempre perplexo com os problemas básicos da vida. Então, na busca da verdade da vida, Sharihotsu praticou o budismo juntamente com o seu velho amigo, Mokuren, Impressionado pela profundeza do Budismo, ambos tornaram ativa parte na propagação do Budismo.
6 – Mokuren: Foi filho de uma rica família brâmane em Magadha. Primeiro, juntamente com Sharihotsu, estudou sob a orientação de Sanjaya Belathiputta, um dos seis principais pensadores nos dias de Sakyamuni. Contudo, insatisfeito com o ceticismo de Sanjaya, juntou-se à ordem de Sakyamuni para praticar o Budismo. Devido às suas excelentes habilidades inatas, Mokuren foi chamado de "máximo em força oculta" e foi um dos dez maiores discípulos de Sakyamuni.
7 – Monju: Como um líder dos Bodhisattvas no Budismo de Sakyamuni, apareceu em muitos sutras, desempenhando um importante papel no ensino budista. Cada Bodhsattva que aparece nos sutras representa vários atributos da vida humana. Entre eles, Monju é considerado como a idealização ou personificação da sabedoria.
8 – miroku: Miroki significa benevolência sem igual. Nascido numa família brâmane na Índia meridional, tornou-se um discípulo de Sakyamuni. Na cerimônia do Sutra de Lótus, ajudou o Buda a ensinar perguntando-lhe para que esclarecesse as dúvidas dos crentes. Do ponto de vista do Budismo de Nitiren Daishonin, o Bodhisattva Miroku indica Nitiren Daishonin e seus seguidores que fizeram seus adventos a fim de remover o sofrimento das pessoas.
9 – Emma: Acreditava-se que ele vivia no inferno para julgar os mortos e punir os pecadores para impedir-lhes de repetir suas pecaminosas ações.

A Virtude Invisível e a Recompensa Visível

(Intoku Yoho Gosho, pág. 1178)

Nada é mais terrível numa pessoa do que a deslealdade. Visto que o seu irmão mais velho e o seu irmão mais novo, por vontade própria, tornaram-se inimigos do Sutra de Lótus e o abandonaram, eles são os desleais, e o senhor em si não tem culpa.
Porém, se negligenciar cuidar das esposas deles, com certeza estará agindo de forma desleal. Se o seu feudo for aumentado, proporcione-lhes o necessário a partir de seus próprios estoques, não poupando esforços para assegurar o bem-estar delas. Somente se fizer isso, seus falecidos pais o protegerão sem falta, e as orações de Nitiren também serão respondidas.
Não obstante que falhas as esposas de seus irmãos possam exibir, não preste atenção.
Em vista dos fatos, acredito que simplesmente agir como recomendo, suas terras serão ainda mais ampliadas e o senhor obterá a confiança dos outros.
Como tenho dito com freqüência, a virtude invisível gera recompensa visível.
Embora todos os seus colegas samurais tenham feito calúnias a seu respeito ao seu lorde, e ele próprio tenha acreditado que essas acusações fossem verdadeiras, pelo fato de o senhor ter, durante alguns anos, acalentado honestamente um forte desejo quanto à salvação de seu lorde em sua próxima vida, pôde receber esse benefício.
E, isto é apenas o início, esteja convicto de que a sua grande recompensa ainda está por vir.
Além disso, o senhor deve manter um bom relacionamento com os outros praticantes, não vendo, ouvindo, nem apontando nada a respeito deles que possa desagradá-lo.
Deve permanecer calmo e continuar oferecendo orações. O que mencionei anteriormente não é meramente a minha própria opinião. É o âmago dos mil volumes das escrituras externas e dos cinco mil volumes da escrituras internas.
Com meu profundo respeito,
Nitiren Em 23 de abril(END Vol. VI, pág. 61)
Fundo de Cena
Acredita-se que esta carta tenha sido escrita para Shijo Kingo em abril de 1278, enquanto Nitiren Daishonin estava vivendo no Monte Minobu. A mesma sugere que a situação de Shijo Kingo tinha começado a melhorar. No décimo mês do mesmo ano, suas terras foram aumentadas. Seguindo o conselho de Nitiren, o samurai conseguiu recuperar a confiança e o favor de seu lorde, sanando o rompimento que os havia separado desde 1274.
Como resta apenas um fragmento deste Gosho, o conteúdo da parte precedente é desconhecido. Contudo, parece que os irmãos de Shijo Kingo haviam renunciado à fé no Sutra de Lótus e também abandonado suas obrigações familiares; e Nitiren Daishonin recomenda a Shijo Kingo que providencie o necessário para as esposas deles. Essa conduta, Nitiren Daishonin, não é apenas honrada e adequada, mas também possibilita conquistar o respeito dos outros.
Em seguida, citando um ditado bastante conhecido, ‘a virtude invisível gera a recompensa visível’, Nitiren Daishonin declara que os benefícios que Shijo Kingo recebeu são efeitos de sua firme fé, e que o benefício supremo da iluminação é vindouro.
Ele conclui incentivando Shijo Kingo a não tomar conhecimento dos efeitos dos outros praticantes e a manter um bom relacionamento com eles.

Acredita-se que o manuscrito original deste Gosho tenha sido redigido em doze folhas de papel, sendo que as primeiras nove tenham sido perdidas.
Das três, a décima página foi preservada num templo e a décima primeira e a décima segunda em outro. Só as páginas onze e doze foram incluídas nas escrituras em japonês (Gosho Zenshu) sob o título: ‘Virtude Invisível e a Recompensa Visível’. A página dez foi inicialmente considerada um fragmento independente, denominado Fuko Gosho (Sobre Deslealdade), e não incluída no Gosho Zenshu.
Entretanto, estudos mais recentes indicam que a página dez é, na realidade, a que precede imediatamente ‘A Virtude Invisível e a Recompensa Visível’.

A Lei Causal da Vida

(Dosho Domyo Gosho - Páginas 1114 a 1115)

Espero que a senhora leia repetidamente esta carta, juntamente com a esposa de Toshiro. O sol dispersa a escuridão, por mais profunda que seja. O coração (ignorante) de uma mulher pode ser comparado à escuridão total, e o Sutra de Lótus ao sol. (dando um outro exemplo), embora os bebês desconheçam suas mães, estas jamais esquecem os seus filhos. O Buda Sakyamuni é como se fosse a mãe, e as mulheres são como suas filhas. Se a mãe e as crianças tiverem em mente uma às outras, jamais se separarão. Entretanto, caso apenas uma pense sobre a outra, elas estarão unidas em algumas ocasiões, mas separadas em outras. O Buda é como a pessoa que sempre acalenta os outros, enquanto que as mulheres são como as pessoas que não fazem assim. Se procurarmos realmente o Buda, ele jamais deixará de revelar-se a nós.
Mesmo chamando uma pedra de jóia, ela jamais se transformará em jóia. E a jóia não se transformará em pedra, por mais que seja assim chamada. Em nossa época, todas as doutrinas da Nembutsu e de outras seitas, baseadas nos ensinos provisórios do Buda, são como pedras. Embora as pessoas considerem a doutrina Nembutsu como o Sutra de Lótus, ela não é de modo algum, o Sutra de Lótus. Além disso, mesmo que elas caluniem o Sutra de Lótus, o seu valor continua inabalado, assim como a jóia não se transforma jamais em simples pedra.
Não faz muito tempo, viveu na China um mau governante chamado Imperador Hui-tsung1. Ludibriado por um bonzo taoista, ele destruiu todas as estátuas do Buda e os sutras. E ainda ordenou que os bonzos budistas e as monjas renunciassem ao clerado; todos obedeceram, com exceção de um bonzo chamado, Fa-tao2, que não se intimidou diante da ordem imperial. Por esse motivo, ele foi marcado a fogo na face e exilado ao sul do rio Yang-tzé. Nitiren assemelha-se ao bonzo Fa-tao por ter nascido numa época em que a classe governante confia na seita Zen que, sob todos os aspectos, é tão herética quanto o Taoismo, e por ter encontrado grandes perseguições.
Sinto que não é fato corriqueiro a senhora haver, apesar de ter nascido como mortal comum e viver agora em Kamakura (sede do governo militar) abraçado ao Sutra de. Lótus sem se influenciar pelos olhos inquiridores dos outros, e sem apegar-se à sua própria vida. Só posso imaginar que isso é como se fosse uma jóia mágica que, segundo se afirma, torna pura a água lamacenta que entra em contato com ela. Ou então, parece-se com aquela que aprende alguma coisa nova de um sábio e confia nas palavras desse homem e compreende que estão cheias de razão. Será que isso acontece porque o Buda Sakyamuni e os Bodhisattvas Fuguen3 Yakuo4 e Shukuoke estão vivendo em seus corações? O Sutra de Lótas diz que as pessoas em todo o mundo podem crer no sutra graças à ajuda do Bodhisattva Fuguen.
A mulher é como se fosse o cipó, e o homem como o pinheiro. Sem o pinheiro, o cipó não pode ficar de pé nem por um instante. Apesar disso, a senhora enviou seu marido a esta Ilha de Sado, nesta época turbulenta, quando lhe faltam inclusive criados fiéis. Isso demonstra que a sua fé é mais sólida que a terra. Certamente os deuses terrestres devem compreender esse fato. A sua fé é mais elevada que o céu, e os deuses celestes Bontem e Taishaku6 devem também estar cientes disso. O Buda ensinou que as pessoas, desde o momento do nascimento, são servidas por dois mensageiros do céu, Dosho e Domyo, que as acompanham de perto como se fossem a sombra das pessoas, jamais as deixando mesmo por um segundo. Revezando-se, eles vão aos céus contar os bons e maus atos da pessoa, tanto importantes como não importantes, nos mínimos detalhes. Portanto, os céus já devem estar cientes da sua fé. Quão encorajador!
Em Abril de 1272
Uma Resposta à esposa de Shijo Kingo. Nitiren
1 - Hui-tsung: oitavo governante da dinasia Sung da China (1082-1135). Embora tenha subido ao poder em 1100, pouco se interessou em governar. Ao invés disso, desenvolveu plenamente o seu talento na caligrafia e pintura. Dentro de sua política religiosa, encorajou o Taoísmo nativo da China e tentou destruir o Budismo. Em 1127, a sua dinastia (Sung Setentrional) foi destruída por uma tribo mongólica.
2 - Fa-tao: um bonzo-chefe budista (1086-1147) que viveu durante o reinado do imperador Hui-tsung. Em 1119, o imperador Hui-tsung emitiu uma ordem imperial para dissolver as ordens budistas, e Fa-tao protestou contra o imperador. O imperador, furioso com a advertência de Fa-tao, mandou que ele fosse marcado a fogo na face e exilado ao sul do rio Yang-tzé.
3 - Bodhisattva Fuguen (Samantabhadra em sâscrito): juntamente com Monju (Manjusri), é um dos líderes dos bodhisattvas dos. ensinos teóricos. Ele representa as faculdades da razão e do saber. No 28º capítulo do Sutra de Lótus (Fuguen), ele fez um juramento de proteger o Sutra de Lótus e seus crentes.
4 - Bodhisattva Yakuo (Bhasajya em sânscrito): bodhisattva que serve às pessoas dando-lhes remédios para curar suas moléstias físicas e espirituais.
5 - Bodhisattva Shukuoke: bodhisattva que aparece no 23º capítulo (Yakuo) do Sutra de Lótus, desempenhando o papel de interrogador do Buda.
6 - Bonten e Taishaku: Afirma-se que Bonten, um dos principais dpeuses budistas, vive" no mundo da matéria, sobre o monte Sumeru, e governa o mundo "saha". Taishaku é também um dos principais deuses protetores do Budismo. Originalmente era o deus do trovão da mitologia indiana primitiva, e foi adotado como divindade protetora do Budismo. Como o apoio dos Quatro Reis Celestes, ele comanda os trinta e três deuses que residem no alto do monte Sumeru (é diferente do deus Taishaku que aparecia sob diversas formas para testar o espírito de procura de Sakyamuni quando este buscava a iluminação).

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