Femen promete fazer barulho na Euro 2012

femenAtivistas do Femen em novo protesto contra a Euro

A Euro 2012 oficialmente nem começou, mas o grupo feminista de alcance global e origem ucraniana Femen já vem fazendo muito barulho com suas manifestações contra o torneio. No último mês, a organização encabeçou ao menos três protestos contra o evento. O coletivo feminista acredita que a competição irá aumentar ainda mais o turismo sexual no país.
Em entrevista ao Sportv, a ativista ucrâniana Sacha Shevchenko acusou o ex-atleta e atual presidente da Uefa, Michel Platini, de ser conivente com a indústria da prostituição na Ucrânia. “Isso não é festa de futebol, é uma festa de turismo sexual e prostituição. A infraestrutura da Ucrânia não está pronta, a sociedade ucraniana não está pronta para isso. O que está pronta é a indústria de prostituição”, disse.
O protesto recente do Femen que teve maior repercussão foi o que as ativistas se aproximaram do troféu da Euro como se fossem turistas tirando fotos e, de repente, arrancaram a roupa e agarraram o prêmio.
Normalmente, as integrantes do coletivo são presas e liberadas em seguida, já que no país mostrar os seios em local público não é considerado crime.

De organização local a grupo de ativismo de alcance mundial
O Femen foi fundado em 2008 pela ucrâniana Anna Hutsol. Em pouco tempo o coletivo ganhou notoriedade e hoje conta com quase 400 militantes pelo mundo.  Seus protestos foram batizados de ataques e são executados por ativistas com roupas curtas, topless e grinaldas de flores no cabelo.O coletivo já promoveu ataques na Itália, Suíça, Rússia, Turquia e Brasil.


Representante do Femen no Brasil vê semelhanças entre Brasil e Ucrânia

No Brasil, a porta-voz da entidade é a estudante de cinema Sara Winter. Uma das razões que a levaram a se engajar no movimento foram as semelhanças entre os problemas da Ucrânia e do Brasil. “Lá, como aqui, sofremos muito com o turismo sexual. Também é comum as mulheres ganharem menos que os homens nos mesmos cargos”, explica.

Segundo ela, os problemas são basicamente os mesmos, mas o grau de engajamento das pessoas é bem diferente. “Amo o povo brasileiro, mas estamos muito descrentes em relação aos problemas da sociedade. Parecemos conformados”, explica. Ela também deixa claro que o coletivo não julga prostitutas. “Nós queremos que mulheres não sejam levadas à prostituição e ajudar quem está nessa situação a sair dela”, comenta.

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