Criar valor é da essência humana

HÁ 763 ANOS, em 28 de abril de 1253, o buda Nichiren Daishonin, aos 32 anos, revelou o Nam-myoho-renge-kyo para felicidade de todas as pessoas, sem exceção.
Ao relatar detalhes de como fora o momento dessa revelação, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, certa vez comentou:
“Daishonin anunciou seu ensinamento pela primeira vez na sala da estátua do alojamento de seu mestre Dozen-bo, no templo Seicho-ji, por volta do meio-dia. Naquela ocasião, ele [Nichiren] fez críticas rigorosas aos ensinamentos errôneos de outras escolas budistas do Japão daquela época e apresentou o supremo ensinamento do Nam-myoho-renge-kyo. Essa atitude de abandonar o transitório e revelar o verdadeiro é a essência do Budismo de Nichiren Daishonin. Foi com esse profundo sentimento de gratidão com Dozen-bo, a quem desejava conduzir para a verdade, que ele decidiu apresentar seu ensinamento primeiro no local em que havia estudado o budismo quando jovem. (...)
Nos escritos de Daishonin, encontramos os nomes de dezenas de reverendos que de alguma forma estiveram ligados ao templo Seicho-ji. Nem todos eles estavam presentes no dia em que Daishonin anunciou seu ensinamento, mas é provável que a maioria estivesse. Daqueles que ouviram o anúncio de Daishonin, quantos decidiram segui-lo? Talvez aproximadamente a metade. E quantos se opuseram a ele? Provavelmente a outra metade” (BS, ed. 1.934, 5 abr. 2008, p. A3).
Percebe-se que o ambiente em que Nichiren Daishonin proclamou o Nam-myoho-renge-kyo foi de certa repulsa e hostilidade, pois até mesmo seu tutor, Dozen-bo, que o instruíra na vida religiosa, temendo ser perseguido pelo governante da época, foi incapaz de apoiar aquele que um dia fora seu aprendiz. Pela persistência de Daishonin em lhe ensinar o caminho correto, posteriormente Dozen-bo até chegou a manifestar fé no Sutra do Lótus, mas seu comprometimento não demonstrava muito entusiasmo pela nova fé.
O buda Nichiren Daishonin estava preparado para enfrentar qualquer circunstância desafiadora, e sem se intimidar manteve seu juramento em conduzir todas as pessoas ao caminho da felicidade por meio do Sutra do Lótus, deixando o seguinte registro: “Durante vinte e sete anos, desde o vigésimo oitavo dia do quarto mês do quinto ano de Kencho (1253) até agora, o décimo primeiro mês do segundo ano de Koan (1279), nunca recuei nem uma vez, mas continuei a bradar com força cada vez maior — assim como a lua cresce ou a maré se levanta. Primeiro, quando sozinho recitei daimoku (Nam-myoho-renge-kyo), aqueles que me viram, me encontraram ou me ouviram taparam os ouvidos, olharam-me com fúria, torceram o nariz, cerraram os punhos e rangeram os dentes. Até mesmo meus pais, irmãos e amigos tornaram-se meus inimigos. Então, o administrador e o senhor do feudo onde eu morava voltaram-se contra mim. Posteriormente, toda a província [de Awa] ficou em tumulto e, consequentemente, a população inteira ficou alarmada. Enquanto isso, algumas pessoas começaram a recitar Nam-myoho-renge-kyo para me arremedar ou para zombar de mim, aparentemente para me rebaixar” (WND, v. I, p. 1006).
Mesmo sob essas circunstâncias adversas, o buda Nichiren Daishonin jamais deixou de ensinar o Nam-myoho-renge-kyo para quem quisesse ser feliz, despertando o potencial inato na vida de cada pessoa.
Acreditar no potencial humano também era o mesmo pensamento do fundador da Soka Gakkai, o professor Tsunesaburo Makiguchi, que acreditava na educação como meio para a “criação de valor” em cada ser humano.
Num resumo de suas opiniões sobre educação, redigido em 1930, Makiguchi escreveu: “Começamos reconhecendo que o ser humano não pode criar matéria. Pode, no entanto, criar valores. A criação de valores é, na realidade, a essência da natureza humana. Quando elogiamos as pessoas por sua ‘força de caráter’, estamos, na verdade, reconhecendo sua capacidade superior de criar valores” (TC, ed. 394, jun. 2001, p. 12).
Na Matéria de Capa, apresentamos a definição de “criação de valores” da visão budista e como os membros da SGI a aplicam na vida e na sociedade. E no Estudo, com a explanação do presidente Ikeda sobre o escrito Resposta à Mãe de Ueno, ele destaca a profunda visão de Nichiren Daishonin sobre a vida e a morte, e mostra que recitar e propagar o Nam-myoho-renge-kyo nos possibilita transformar uma vida de tristeza e tragédias em uma vida repleta de ilimitada alegria. Saiba mais, lendo as próximas páginas desta TC, preparada especialmente para você!
Boa leitura!

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