"Ferronorte é um marco no setor de transporte no país"



        





Política / ESTRADA DE FERRO
19.09.2013 | 11h30 - Atualizado em 19.09.2013 | 11h32
 

"Ferronorte é um marco no setor de transporte no país"

Dilma diz, em Rodonópolis, que ferrovia traz vários benefícios, alguns ligados diretamente à produção

Agência Brasil


Dilma: "Há um atraso de cerca de dois séculos na fomentação do transporte intermodal no Brasil"
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quinta-feira (19), que a inauguração do Terminal Intermodal de Cargas de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) da Ferronorte é um “marco” no setor dos transportes para o Brasil.

Considerado pela operadora América Latina Logística (ALL) o maior complexo intermodal de cargas da América Latina, o terminal, conforme a presidente, é sinônimo de redução de custos e ampliação da competitividade.
"As ferrovias sempre serão de custo mais baixo. Nós somos um país continental. Os grandes países, principalmente os Estados Unidos, no início da sua revolução, no Século XIX, apostaram na ferrovia como sendo um dos elementos fundamentais para ligar e cortar o país"

“Essa ferrovia traz vários benefícios, alguns ligados diretamente à produção e comercialização dos produtos e à chegada desses produtos aos portos do Brasil. Ao ser concluída até esse ponto, a Ferronorte permite uma redução de custos, o que dá uma maior competitividade, inclusive, internacional”, disse Dilma.

Em entrevista, ainda no aeroporto de Rondonópolis, à Rádio Click FM, de Rondonópolis, e retransmitida pela Rádio Mega FM, de Cuiabá, a presidente lembrou que a inauguração do terminal significa a realização de uma solicitação feita ainda em 2007, quando era ministra-chefe da Casa Civil, no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu comecei a movimentar o Governo no final de 2007, pedindo que a ALL concluísse esse trecho. Ele estava previsto, mas não era concluído. Hoje, vejo realizado um sonho pelo qual lutei, sobretudo, pela importância que Rondonópolis tem para essa região e para todo o Brasil. Fazer essa ferrovia era uma questão crucial para o país”, explicou.

A presidente ressaltou também um atraso de cerca de dois séculos na fomentação do transporte intermodal no Brasil.

“As ferrovias sempre serão de custo mais baixo. Nós somos um país continental. Os grandes países, principalmente os Estados Unidos, no início da sua revolução, no Século XIX, apostaram na ferrovia como sendo um dos elementos fundamentais para ligar e cortar o país”, afirmou Dilma.

“A custos menores, elas foram responsáveis por estruturar a logística. Estamos fazendo isso no Século XXI, dois séculos depois de outros países, e temos que correr para fazer. A Ferronorte é um marco porque interioriza o Brasil, reduz o tempo de transporte e diminui também a quantidade de caminhões nas rodovias, o que torna o transporte de pessoas muito mais seguro. Não vamos parar por aí”. completou.

Terminal de Rondonópolis

De acordo com América Latina Logística (ALL), operadora do terminal de Rondonópolis, o espaço será o maior complexo intermodal de cargas da América Latina.

Com sua inauguração, a capacidade de transporte da Ferronorte em Mato Grosso salta para 17 milhões/ano.

O terminal também deve abrigar áreas de transbordo e de armazenagem, além de fábricas de óleo e de biodiesel.

Além de Rondonópolis, outros três terminais da Ferronorte estão em funcionamento em Mato Grosso – Alto Taquari (a 479 km de Cuiabá), Alto Araguaia (414 km), e Itiquira (357 km), todos no Sul no Estado.

Desse modo, a estrada de ferro passa a operar com 370 quilômetros de trilhos em Mato Grosso.

O próximo passo será duplicar os 25 quilômetros de ferrovia que ligam Rondonópolis ao terminal.

Em seguida, concluir o estudo de viabilidade sobre a possibilidade de trazer os trilhos por mais 220 quilômetros até Cuiabá.

Após a Capital, a Ferronorte deve ser expandida até Santarém (PA), para facilitar o escoamento da produção mato-grossense pelos portos da região Norte do país.

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