O MATERIALISMO HISTÓRICO E A CRÍTICA DO CAPITALISMO

          O excelente livro do catalão Fontana, cujo o título é História: Análise do passado e projeto social, chamou muito minha atenção a parte onde o autor historicizar o marxismo e a destruição da ciência histórica.
          Ele começa com a análise sobre o Pensamento histórico da revolução francesa, onde surgiu o conceito de luta de classes e de  classe , que dará uma dimensão política à interpretação econominicista e passiva da teoria dos quarto estados. Paralelamente surgiu os representantes do "socialismo francês", onde Augustu Blanqui(1805-1881) profetizou que o futuro será o comunismo.
Após constatar que "a humanidade começou pelo isolamento, pelo individualismo absoluto, e que, através de uma larga série de aperfeiçoamentos, deve chegar à comunidade"(p.100-114)
          Em seguida, o autor destaca o ano de 1814- ano em que generalizou-se na Europa uma preocupação de conter o avanço das ideias revoucionáriasnas camadas populares rurais e urbanas.Para isso, fortaleceu a ideia de NAÇÃO (comunidadede homens, simbolizada por uma bandeira e um Hino) e encarnada na pessoa do monarca ou presidenteda república e das instituiçoes do governo que compartilham com ele o poder. E a corrente dominante na historiografia francesa, será duas- a romantica e positivismo- que representam a ruptura com relação ao passado ilustrado e revolucionário. Uma das principais figuras destas correntes foi L.V. RANKE (1795-1886), que em 1824, na sua obra clássica, está contida uma "crítica aos historiadores modernos, dirigida contra a filosofia histórica da ilustração", siginificando ínicio de sua cruzada metodológica, ou seja, "mostrar como as coisas tal como sucederam". Ranke, será o historiador das Nações e das relações entre elas; Ranke procura ocultar os modos de subsistência ou de luta de classe(argumentando que debilitam a coesão social). Desta forma, Ranke, preparou o caminho para a submissão absoluta dos cidadãos ao poder. E, seus "sucessores" não teriam outra coisa a fazer que prosseguir na sacralização do estado e a união do povo pela lei.(p.117-132)
          O autor, ao analisar as derrotas das aspiraçãoes revolucionárias de1830-1832,verificou o surgimento do radicalismo operário britânico que gerou o Cartismo(demanda por direitos políticos com os quais poderiam transformar a sociedade). É nesta conjutura - organizações de sociedades secretas populares; pentração do socialismo utópico na Itália; aparecimento da liga dos comunistas criadas por alemães exilados em Paris é que nasceu o materalismo histórico de Marx e Engels, impulsionado pela constituição da Revolução Francesa traída em 1830; radicalização do pensamento ilustrado (HEGEL) e da crítica ao capitalismo(potenciada pela indústrialização); uma vez que, o materialismo histórico vem como uma visão da história que nega a escola escocesa, crítica da economia política clássica e um programa de construção do futuro radicalmente oposto ao da burguesia. Surge então a necessiade de analisar o presente isto é, " a realidade do capitalismo", para poder preparara estratégica da luta e para dotar o proletariado de um programa próprio. Mas, após várias interpretações escolásticas, esquecendo de compreender o papel da crítica do capitalismo, eregiu em cânone de uma filosofia da história que respondia todas as perguntas sem recorrer á investigação concreta; nascendo uma termologia e uma linguagem ritual que caractrizou boa parte da história que se pretende marxista, e que não tem nada que ver com as que Marx e Engels empregavam nas suas análises históricas. Portanto, o materialismo histórico contém uma concepção da história que nos mostra, que não são definidas fundamentalmente pelo grau de desenvolvimento da produção, mas sim pela natureza das relações que se estabelecem entre os homens[e mulheres] que participam no processo produtivo.(p.139-150)
          com o advento da revoluçaõ Russa - que possibilitou um progresso econômico à margem das regras do capitalismo. Isso, gerou o esforço das classes dirigentes para manter a estabilidae da economia e a recobrar o controle social aplicando tática que combinava a repressão contra setores revolucioários do movimento oprário para pelo menos isolá-los e o esforço para integrar aos mais moderados. Isso gerou o abando, por parte dos partidos Social-democratas, de todas as tendências revolucionárias. Desta forma, fórmula(repressão com integração) funcionou e a buguesia recompôs seus macanismo e a estabilidade. E, o Fascismo, conseguiu pela força, liquidar o movimento operário através da promessa de que as condições de vida melhorarm. Por outro lado, não só a sociedade mudou depois de 1917, também o fizeram as ciências sociais e, mais concretamente, a História. Assim, bolchevismo e materialismo histórico surgem como as duas caras de uma mesma moeda. Portanto, surgiu a vontade de "combater o marxismo", e, também, de outras disciplinas sociais "adjacentes" à ciência da histórica, mais fáceis de controlar  e vôo mais curto, como são a Economia neo-clássica, a sociologia funcionalista e a antropologia estrtural; surgindo figuras como: WALRAS, BOAS, DURKHEIM e o mais emblemático KARL POPER, cujo o ataque à história procede do terreno da espistemologia.(p.155-160)
          Através deste processo de destruição das bases teórica da Histótia, há a necessiade de se criar uma "Nova História". As disciplinas, que serão referências para os historiadores acadêmicos renovarem a história, são a Antropologia e a Sociologia. Nesta surgiram as obras de Durkheim(que proclamoou que era presciso"considerar os fatos sociais como coisas", que devem estuadar separadamente; já Max Weber, liberal que preocupado em encontrar para a política alemã um caminho intermediário entre os extremos do conservadorismo Prussiano e o revolucionrismo marxista; Weber criou o método dos "tipos ideais"- conceitos limitados que fabricamos nós mesmos, que se transformou num instrumento artificial para a investigação. No terreno da antropologia levantam -se duas figurasBoas que influenciado por Diltey e pelos neo-kantianos criou o "particularismo histórico". A ooutra figura foi R-BROWN, que parte da influência de Durkhein, para afirmar que o presente não deve sr interpretadopela sua gênese, massim pela sua estrutura, pela interdependência orgânica das partes"funcionando"dentro de um grande todo. E, por fim, tem a figura de Malinowski que sistematizou aspectos culturais, para combater o evolucionismo, difucionismo e "a chamada concepção materialista da história". Assim, esta "história nova" acabou com a finalidade principal da História- arma para destruir a sociedade capitalista.(p.169-185)

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